terça-feira, 24 de julho de 2012

Santa Maria de outrora

Ok, eu admito: sou saudosista pra caramba!

E essa característica minha não poderia deixar de se manifestar, especialmente aqui no meu blog.
Há um tempo atrás recebi um email com algumas fotos do centro de Santa Maria dos anos 60, 70 e inicio dos 80. As fotos são lindas porque Santa Maria era linda!
Depois essas mesmas fotos circularam pelas redes sociais com mensagens do tipo "olha o que fizeram com a nossa cidade". Bem, na verdade se alguém fez alguma coisa com ela (ou deixou de fazer) fomos nós mesmos, isso se não considerarmos o fato mais importante que foi o aumento da população e da cidade em si: se a infraestrutura dela não acompanha, é evidente que ela se torna suja, feia e mal cuidada.
Sem querer fazer agrado a alguém, nesses ultimos anos vimos recuperações de praças, logradouros e locais históricos da cidade, como a Av. Rio Branco, a Vila Belga entre outras obras, o que nos traz uma satisfação e prazer maior em viver nessa cidade.
Ao ver as fotos antigas, passei a puxar da memória como alguns locais eram quando criança. Embora com "apenas" 35 anos, me lembro sim de muita coisa bonita da cidade que não há mais, ou nem tão bointa assim, mas que dão saudades, conforme vocês poderão ver nas fotos abaixo que postei.
Catei algumas fotos antigas da nossa cidade pela Web e resolvi compartilhar por aqui com algum comentário em cada uma. Muitas dela vocês já devem ter vistas rodando por aí. Tentei identifica-las, mas algumas não consegui. Se alguém se habilitar, beleza!
Abração a todos!
Ah essa dá saudade, quando a estação ferroviária funcionava normalmente até final dos anos 80.

Essa também é legal Uma perspectiva da Av. Presidente Vargas na esquina com a Floriano. Parece ser dos anos 90.

Essa parece dos anos 70 pelo style do buzão. Tche, será que é o final da Av. Medianeira? Aqueles não são os pavilhões da Mercúrio?

A Saldanha Marinho!! Me lembro daqueles bancos. Acho que nunca mais vai ser a mesma. Essa foto parece ser dos anos 70 ou 80.

A Rio Branco das antigas sem o paradão e com os velhos postes de luz, parecendo dos anos 80. Hoje essa parte da Avenida fica pinhadinha de gente.


Na boa, os bancos circulares em torno das árvores eram charmosos. A imundície de hoje do Calçadão é uma tristeza. Essa foto ta pareendo dos anos 80.
Olha aí o antigo paraíso da mulherada santamariense. Parece ser de meados dos anos 80.

Ei! A antiga Rodoviária. Funcionou até 1995 ou 96 quando está um lixo! Mas o xis da lancheria era 10! Dá saudade porque morei do ladinho ali e adorava ver da sacada os onibus passando pela avenida. Pelas roupas e pela traseira do buzão lá do fundo parece ser dos anos 80.

Essa é mais legal. É exatamente na frente da antiga rodoviária de frente para o parque Itaimbé. Ali a placa do antigo mercado Sacco. La no fundo o edifício João XXIII e bem ali na frente hoje tem uma prédio com a loja da Benvenutti embaixo e a Agencia Consular da Italia. Parece ser do início dos 80.

Essa é mais antiga. Pelos fucões ali parece ser dos 70: e ainda se podia transitar na frente do Independencia de carro.
A Praça Saldanha Marinho com engraxates que não existem mais. Parece ser dos anos 70.

Pelo extremo movimento da avenida parece ser a Rio Branco dos 60 ou 70.

Essa eu adoro: pelos carros parece dos anos 70. Mesmo assim me lembro daquela placa da Mercurio. No fundo, o antigo predio do Banrisul que deu lugar a um moderníssimo do mesmo banco. O hidrante da esquina da Venancio ali, imponente!

É na Rio Branco e pelo buzão parece se dos anos 70.

Se alguém souber que qual perspectiva é essa foto agradeço.

Com certeza é uma foto dos anos 60. Olha as rurais estacionadas. Tem até Aero Wilis.

Rio Branco...Acho que anos 60.

Essa já circulou bastante pela Web. Deve ser dos anos 70 início dos 80. Dá pra zer a placa da Bobby Som lá no fundo.

Pela traseira do buzão, anos 60. E o Taperinha em todas.

Olha só: essa é em frente ao Hospital de Caridade. Dava pra ver a imponencia do ginásio do Corinthians lá no fundo.

Santuário da Medianeira. Ainda com uma "zona rural" ao fundo. Pelo Ford Bigode parece ser foto dos anos 70.


Também em frente ao Hospital de Caridade. Esse aí na frente é o edifício Centenário. A foto parece ser dos anos 70. E como eram bem conservados esses canteiros!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Por que ele fez aquilo?"

Devo narrar um fato, ocorrido sábado passado. Nomes e lugares não são necessários.
Um homem jovem costumava frequentar um tranquilo restaurante quase que uma vez por semana a noite. O restaurante era tão calmo a noite que ele passava horas juntamente com sua esposa conversando com o proprietario que, as vezes, estava em companhia de seu filho, como naquela ocasião. Uma mesa aqui e outra acolá ocupada naquela noite atípica de um inverno não muito frio.
De repente todos ouvem um estrondo vindo da rua: foi um acidente. Aqueles ali presentes levantam-se para averiguar o que havia de fato ocorrido. O jovem então antecipa-se e, ao ver que se tratava de um acidente de transito grave, sai correndo em direção ao local quando verifica que havia uma vítima: era um motoqueiro que havia colidido com um carro e estava deitado ao chão desacordado.
O jovem é um dos primeiros a chegar proximo à vítima. Quer ajudar mas percebe naquele momento que seus conhecimentos de primeiros socorros estão um pouco enferrujados e esquecidos e detêm-se apenas a verificar a pulsação e a respiração da vítima, um homem negro e jovem, vestindo colete sinalizador, o que se deduz que era um motoboy. Imediatamente o rapaz é tomado por um sentimento de impotência e por isso pensa em tudo o que pode fazer e que esteja ao seu alcançe na prestação daquele socorro, por isso limita-se a se certificar de que a amergencia foi acionada e de perto da vítima não sai até que esta chegue, o que não demorou muito.
O jovem fica por perto até ter a certeza de que a vítima foi devidamente socorrida, tomando o cuidado de ter sua esposa ao alcance de seus olhos pois esta também o acompanhou.
Após a vítima ser devidamente atendida e encaminhada ao pronto-socorro o jovem e sua esposa retornam ao restaurante e continuam a saborear sua cerveja e a como sempre agradável conversa enquanto seu pedido é preparado na cozinha. O proprietário do restaurante então relata ao casal que seu filho ali presente o indagou do motivo pelo qual o jovem, ao ouvir o estrondo e perceber que haviam vítimas no acidente, projeta-se de imediato: " ele é médico pai?" E o proprietário responde ao seu filho: "Não, não. É que ele foi escoteiro". O rapaz ao ouvir o relato do proprietario do restaurante cai por alguns minutos calado em reflexão.
Toda aquela sua atitude não foi em momento algum premeditada ou ensaiada, a fim de impressionar alguém mas sim de origem natural de sua personalidade. Foi automático. O jovem não era policial, nem bombeiro, nem médico... apenas um escoteiro, e que sequer percebera o exemplo transmitido àquele pré-adolescente. O rapaz enche por um breve momento seus olhos de lágrimas, quase que de maneira imperceptível, e estufa seu peito com um orgulho enorme já por muitas vezes sentido. A certeza de ter atendido seu proximo, ter sido util, ter sido humano. O jovem homem ficou ali imaginando o que passaria então na cabeça daquele guri de 13 anos que perguntara ao seu pai se ele era médico. Em momento algum estava preocupado em ser reconhecido pelo que havia feito mas aquilo para ele foi uma grande surpresa.
Não, ele era apenas um escoteiro, e foi dessa forma que ele aprendeu a agir.
O rapaz era eu.
Sempre alerta para servir!