domingo, 27 de fevereiro de 2011

Os primeiros acordes do que serão as guerras do futuro: a CyberWar

A revista Superinteressante (do qual sou SuperFã) de fevereiro trás uma reportagem fantástica intitulada "O vírus que salvou o mundo". A matéria tratava de apresentar o mais poderoso vírus de computador do mundo já concebido, e ainda em atividade: Stuxnet.
Como o tema é da minha área fiquei obviamente mais interessado pelo assunto e resolvi pesquisar um pouco mais na Web. O que achei quero dividir com vocês através desse post.
Pois bem...
O tal Stuxnet não roubou dados, não congelou sites, não derrubou sistemas nem desviou dinheiro de grandes sistemas de bancos ou financeiras. Ele é um vírus chato e enjoado, só ataca instalações nucleares. Isso mesmo!
O Stuxnet infectou instalações nucleares do Irã e da Índia por meio de brechas desconhecidas no Windows.
O vírus foi detectado em junho deste ano, mas só ganhou notoriedade por forçar a Microsoft a lançar uma correção de emergência no início de agosto. Porém, mesmo há meses sendo pesquisado, o vírus ainda tem origem desconhecida. Os principais alvos são sistemas de controle de automação e monitoramento industrial, conhecidos pela sigla SCADA, da empresa alemã Siemens.
"Um ataque como esse pode infectar milhares de máquinas no mundo todo, especialmente em países que trabalham com a tecnologia SCADA. O Stuxnet foi criado para sabotar ou restringir o funcionamento dessas infraestruturas", explica Dimitry Bestuzhev, Analista Regional de Malware da Kaspersky Lab para a América Latina.
 O Stuxnet é, portanto, um programa malicioso, ou malware, que ataca sistema de controle industrial amplamente utilizados e criados pela empresa alemã. Especialistas afirmam que o vírus pode ser usado para espionagem ou sabotagem. Também acreditam que os hackers tenham optado por distribuir o vírus por pen drives pois muitos sistemas SCADA não estão conectados à internet, mas têm portas USB.
A empresa de soluções de segurança para informática, Kaspersky Lab, iniciou uma cooperação com a Microsoft para combater uma série de vulnerabilidades do Windows. Desde julho deste ano, os especialistas em segurança da informação têm acompanhado a evolução deste malware e detectaram que, além de processar arquivos de extensão LNK e PIF (arquivos de acesso direto), o vírus também usa outras quatro vulnerabilidades no Windows.
Dados da Kaspersky indicam que a Índia é o país com mais atividade do Stuxnet, seguido da Indonésia e do Irã. Já dados da Symantec, um pouco mais antigos, apontam o Irã como sendo o país com o maior número de computadores infectados.

Mas afinal, o que o vírus fez?
O Stuxnet mostrou que um vírus de computador pode destruir máquinas fisicamente, causando mais danos do que se um grupo de vândalos entrasse nas instalações e qubrasse tudo no porrete. O primeiro passo para entender como ele conseguiu isso é visualizar uma bomba atômica. Para enriquecer o urânio, precisam das centrífugas desse material que são cilindros que giram a mais de 1.000 rotações por segundo. E foi aí que o Stuxnet agiu: as centrífugas rodam a 1.064 giros por segundo e quando o sistema invadiu ele manda a rotação aumentar em 40%, mas só por 15 minutos para não levantar suspeitas. Enquanto isso ele ainda manda o sistema de segurança das instalações dizer que está tudo bem e ninguém vê nada de errado. Aí passam mais de algumas semanas e tome 40% a mais outra vez. O alumínio dos rotores não aguenta o esforço e racha ferrando com as centrífugas. Foi o que ocorreu no Irã.

O governo do Irã negou tudo de início mas só se manifestou em junho de 2010 depois que o vírus foi descoberto na Bielo-Rússia. Na ocasião Ahmadinejad disse que o Stuxnet só tinha atingido computadores pessoais dentro das usinas. Apenas em novembro que admitiram: o vírus tinha denificado "uma quantidade limitada de centrífugas".

Tática de Guerra
Interessante foi a estratégia de contaminação. O SCADA não se conecta a à internet por pura questão de segurança. Então como invadí-lo?
Bem, nosso PC pode estar com o Stuxnet nesse momento, mas sem estresse. O tareco é inofensico para Windows, MacOS, Linux ou qualquer sistema operacional que possamos usar em casa, pois ele foi feito para ferrar mesmo com o SCADA responsável pelas ditas centrífugas de urânio.
E mais: ele não detona qualquer sistema SCADA, Cada tipo de usina de enriquecimento de urânio usa esse sistema numa configuração particular e o vírus foi programado para atacar só a configuração que as usinas do Irã usam. E ainda foi programado para infectar apenas computadores que estão localizados geograficamente no Irã. Alguém duvida que o Stuxnet seja uma arma de guerra?

Embora o SCADA não tenha conexões com a Internet, a estratégia de contaminação estava clara: contaminar em massa os computadores pessoais do país contando com que algum funcionário tivesse seu pen drive infectado em casa e acabasse levando o vírus para as instalações nucleares. Deu certo!
Especialistas ainda garantem que o Stuxnet só infecta computadores que possuem uma placa de rede específica. Além disso, ele tenta impedir sua propagação para mais de três computadores e por mais de três semanas. Especulações indicam que os criadores do Stuxnet não queriam que ele tivesse se disseminado tanto. O objetivo do Stuxnet não era obter informações, e sim a sabotagem de determinados elementos. O Stuxnet é prova clara de que uma nova era começou: a era da ciberguerra.

E de quem foi a encomenda?
Definitivamente o Stuxnet não foi gerado num quarto de uma república de estudantes geeks de computação. Ele é uma arma de guerra. Algum grupo muito poderoso e com interesses na indústria nuclear dos países está envolvido, pode crêr!
Especialistas calculam, segundo a Super, que seria necessária uma equipe de 6 a 10 pessoas trabalhando por 6 meses para criar um vírus tão sofisticado, além da coleta de informações através da espionagem. O Stuxnet sabia como as centrífugas iranianas funcionavam. Isso aí é coisa de governos.
Fontes ligadas ao governo dos EUA disseram ao jornal New York Times que a CIA estudou como invadir os sistemas da Siemens usados nas instalações iranianas. Esssa informações, segundo eles, foram passadas para Israel, que teria testado a eficácia do Stuxnet nas suas próprias centrífugas de urânio. Também há uma evidência de que um dos arquivos do Stuxnet se chama Myrtus ("Esther", em hebraico). Seria uma referência à personagem Esther do Antigo Testamento. Esther está envolvida na história em que há um complô persa para destruir os judeus (onde ficava a Pérsia?...).
 Siemens, Microsoft e outros especialistas em segurança que estudaram o vírus ainda não determinaram sua origem.

A CyberWar
A guerra do futuro está aí, se apresentando: é a Guerra Cibernética. E não menos letal que todo e qualquer modelo de guerra já registrado nos livros de história.

Especulações indicam que os criadores do Stuxnet não queriam obter informações, e sim a sabotagem de  determinados elementos. O Stuxnet é prova clara de que uma nova era começou: a era da ciberguerra.
É aí que está a diferença e o marco para um novo mundo. A década de 90 foi marcada pelos vândalos cibernéticos e os anos 2000 pelos cibercriminosos. Agora estamos entrando na década do terrorismo cibernético.
Para o engenheiro americano John Weiss, um dos primeiros a estudar o Stuxnet, a ameaça de ciberataque vale para todos. Recentemente, ele reuniu evidencias de 180 casos de grandes sistemas de infraestrutura danificados em diferentes partes do mundo. E considera que boa parte aconteceu de propósito.

"Houve um caso em que uma usina de energia americana ficou duas semanas parada e ninguém sabia o que era. Ninguém avisou as autoridades, nem o FBI, porque acreditavam, como sempre, que era só um problema técnico. Mas quem garante que não foi um ataque virtual?"

Vou escrever alguns post sobre ciberataques que ficaram consagrados pela mídia. Sem dúvida nenhuma um tema pertinente.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Planejamento ou puro censo de improviso e percepção?

Quem quando criança não curtiu jogar Damas com a gurizada? Bem, eu curto até hoje. Adoro jogar on-line.
O jogo de Damas é muito mais simples que o Xadrez, mas não deixa de requerer atenção e raciocínio lógico.
Recebi de um amigo o vídeo abaixo que mostra uma partida de Damas. Parece, no entanto, que esse jogo é uma Damas "às avessas", pois conhecemos esse jogo com as pedras movendo-se na diagonal e o que vemos no vídeo é um movimento em angulos retos.
Bom, indiscutivelmente é Damas. Mas o fato maior é que o desfecho da partida em questão é simplesmente sensacional. Só não sabemos se toda a situação foi concebida de maneira intencional (o que é mais provável) ou o desfecho foi somente uma sacada fantástica do jogador. Vai saber...
Chamo atenção para as vestes do único, digamos assim, jogador visível. Notemos que demonstra ser no oriente (Índia, Paquistão,...) e que as pessoas envolvidas possuem vidas simples. Mesmo nessas realidades vemos o emprego sistemático do raciocínio lógico apurado, seja num simples jogo de Damas.
Imaginemos por um momento o quanto de potencial intelectual  pode ser encontrado em comunidades de pessoas simples nos confins desse nosso mundo.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

1994

Um ano sigular na vida de quem vos escreve.
Aos 17 anos, passei pela experiencia de uma osteomielite na canela que me deixou 3 meses de cama tomando injeção de garamicina de 8 em 8 horas para depois tomar rocefim na veia até melhorar. Primeiro bimestre perdido na escola ainda tendo que se preparar para o vestiba! O ano havia iniciado com o pé esquerdo (na verdade com a canela direita).
Foi o ano em que pude presenciar com meus olhos de adolescente um país sair da inércia e ver suas instituições aos poucos serem consolidadas.

Ví o Fernando Henrique ser eleito legitimamente graças ao seu bem-sucedido plano real que nos deixou uma moeda forte que está aí até hoje (o Lula secretamente o agradece até hoje em suas orações noturnas).

Foi em 1994 que vimos o horror do genocídeo em Ruanda ignorado pelas potências do mundo.

Foi em 1994 que vi pela primeira vez nossa seleção campeã mundial. A copa do Romário e dos Três Tenores o adulando.


Apesar do problema de saúde em minha perna, enfim superado, 1994 foi inesquecível não por tudo o que aconteceu aí em cima podendo ter assistido a tudo isso de camarote, mas porque naquela idade tudo era festa e apenas estavamos começando a conhecer a vida. A preparação para o vestibular, as aulas, os cursinhos, as festas do Palace In Party... bei!!
Celular, mp3, notebook, Internet, email,... nada disso. Que vos escreve não tinha a mínima noção do funcionamento de um computador. Um PC era sim um bicho de 7 cabeças.
Sim, 1994 foi um ano especial que deixou saudades. Mas também foi um ano de muita tristeza. No dia 1º de maio daquele ano morre nosso maior herói: Airton Senna. Me lembro como ontem o quanto chorei sozinho em meu quarto quando o Roberto Cabrini (então reporter da Globo) anunciou sua morte.
Achei esse vídeo que relembra como nossas manhãs e tardes de domingo foram um dia repletas de emoção e orgulho. Não é propriamente de 1994, mas quem se importa...
Abraço a todos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um pouquinho de Santa Maria

Não tinha como não falar sobre Santa Maria nesse meu blog.
Uma cidade que amo e ao mesmo tempo tenho vontade de fugir.
Pois então...
Apresento a todos que me visitam minha cidade. Sei que tem gente de muito longe que acessa meu blog mas que não conhece Santa Maria. Pois bem, muito prazer...
Santa Maria, cidade coração do Rio Grande. Com 270.000 habitantes, é cidade polo da região centro do RS. Tem 150 anos.

Santa Maria foi conhecida como centro ferroviário. Hoje, um trem lá de vez em quando, e só de carga...

Locomotiva: monumento alusivo a Santa Maria como centro ferroviário. Ao fundo, a Biblioteca Municipal

Vista dos remanecentes trens de carga chegando ou saindo de Santa Maria: é o que resta de um passado glorioso

Estação Ferroviária de Santa Maria: desativada, hoje é um espaço cultural da Prefeitura Municipal
Santa Maria cisma em querer ser chamada de Cidade Cultura. Tem mais de uma dezena de campus e polos universitários, especialmente a imponente UFSM. Mas mesmo assim tem só 3 livrarias decentes multidisciplinares de literatura variada e ainda ficou os anos de 2008 e 2009 sem uma única sala de cinema. Dá pra contar nos dedos das mãos os dias onde um monumento novo fica sem ser depradado ou simplesmente pichado.

Pórtico da Universidade Federal de Santa Maria

Planetário da Universidade Federal de Santa Maria
Cidade polo militar. Mais de 20 guarnições militares. Sede da 3ª Divisão de Exercito do Sul e da famosa Base Aérea de Santa Maria. É o segundo maior contingente militar do país.

Quartel da 6ª Brigada de Infantaria Blindada

Blindado em desfile de 7 de Setembro em Santa Maria

Expoaer na Base Aerea de Santa Maria
Para uma cidade desse porte tem uma economia pobre. Santa Maria não tem indústria, a não ser pequenas e médias.

Vista da cidade do Morro das Antenas

Outra vista panorâmica da cidade
Aqui se come bem e barato. Tem um horror de hotéis mas tudo espelunca. Um que outro se escapam.

Calcação no centro da cidade
É uma cidade que ainda não acordou para suas vocações economicas. Sua principal economia está voltada para a educação e por isso também é conhecida por ser uma cidade jovem capitalizando gurizada de todo o canto do estado.

Theatro 13 de Maio

Escola Estadual Manoel Ribas, o Maneco. Seu prédio é histórico.
Sonha em ser uma cidade turística. Da onde? Até podia ser, mas a cidade que teima em querer ser chamada de cidade cultura não tem cultura suficiente para empreender.

Vista da barragem do Vacacaí

Vista da Ponte da Garganta do Diabo sob geada

Vila Belga: primeiro conjunto habitacional do país. Para acolher engenheiros belgas na construção de ferrovias
Devido ao solo arenoso da região centro do estado, é conhecido sítio paleontológico mundial. Tudo quanto é paleontólogo do mundo vem aqui conhecer os fósseis dos mais antigos dinossauros do planeta já encontrados (isso mesmo!). Só quem é de Santa Maria não sabe disso.

Paleontologos da ULBRA nos arredores de SM
Contudo, Santa Maria tem charme. Charme de ser uma cidade de pequeno porte mas com cara de cidade grande. Encontram-se hippies, punks, góticos pelo calçadão. Tem bar para tudo quanto é tipo de gosto, até para os GLS e os desfiles de 7 de setembro e 20 de setembro (dia do gaúcho) são de babar!

Vista noturna da cidade
Enfim, poderiamos ficar aqui por um tempão.

Basílica de Nossa Sra. Medianeira, padoreira do estado: aqui se realiza a famosa Romaria Estadual de N. S. Medianeira
É uma cidade que amo e que temo em deixar. Mas sei que a hora está chegando, mesmo que eu tenha certeza que irei definitivamente voltar.
Esta apresentação com a música de Beto Pires para Santa Maria completa por dizer o que sinto desta cidade.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Momento inesquecível que só o Rock propicia

1992 foi um ano especial para o mundo do rock. Não me refiro aos grunges de Seattle nem a decadência do metal farofa, mas em especial de uma perda memorável. Foi logo no finzinho de 1991 que Freddie Mercury morreu vítima de sua viadagem incondicional. Foi uma perda irreparável para os amantes do rock e da boa música. Esse cara não devia ter morrido, definitivamente!
Mas bem, 1992 para quem vos escreve foi um ano cuja vida deu um 180º saindo de um colégio de boyzinho e caindo no Cilonzão, onde tive contato com uma galera totalmente diferente, de várias tribos. Foi a melhor coisa que pode acontecer em minha vida. De vez fui apresentado ao Rock n' roll e em abril daquele ano, mas especificamente dia 20, tive a oportunidade de assistir pela Band a um dos maiores concertos já realizados do gênero: Tributo a Freddie Mercury.
Realizado no lendário Wembley Stadium, contou com a presença dos maiores artistas e bandas do mundo do rock, como Metallica, Guns n'Roses (na época era legal!), Def leppard, Extreme, David Bowie, Jorge Michael, Elton John, Scorpions... Só gente desse naipe.
O Legal foi que da metade do show em diante, já a noite, os três membros do Queen - Bryan May, Roger Taylor e John Deacon  - sobem ao palco para tocarem várias do Queen com diferentes interpretes.
Foi algo surreal. Encontro de Titãs do Rock!
Andei escarafunchando o YouTube e encontrei um dos mágicos momentos daquele show, talvez o melhor deles: o encontro de Axl Rose (na época era legal!) com Elton John na interpretação de Bohemian Rapsody.
É simplesmente de chorar.
Ficou na lembrança de um guri de 15 anos. Será que teremos momentos assim no futuro?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Gamma Ray - To the Metal

Tem coisas que realmente não tem sentido. Vejam só: um cara como eu, analista de sistemas, profissional da TI, na era da Internet, MP3, IPod... ainda insiste em comprar CDs! Não será a primeira vez que serei chamado de otário. Mas o que me leva ainda a comprar aquelas caixinhas de acrilico com um CD e encarte dentro é justamente isso: o prazer de chegar em casa e abrir o plasticozinho do CD, colocar no som e apertar o play, ouvir suas faixas enquanto saboreia o encarte com as letras, imagens e outras coisas. Por mais que eu argumente serei taxado de otário, principalmente por pagar 35 pratas pela bolachinha. Mas tudo bem.
 Então...
Lá estava eu nesse sábado de manhã. Uma manhã de sábado que não precisei trabalhar resolvi dar uma volta no centro da city. Resolvi dar um pulo na Exclusive. Quem é de Santa Maria e é ligado no Metal sabe de que loja me refiro. Pois bem...saí de lá com mais um Cdzito novo: To the Metal, ultimo trabalho do Gamma Ray.

 Todos sabem que minha banda do coração é o Helloween, mas devo confessar que o Gamma Ray já conquistou um pouco minha preferência. Devo, no entanto, apresentá-la devidamente.
O Gamma Ray é uma banda alemã que surgiu em 1993 com a saída de Kay Hansen do Helloween (sacou?...) formando a banda. Kay era uma das almas do Helloween junto com Michael Weikath, tanto que depois de sua saída a banda demorou para se acertar novamente. Saiu porque segundo as más línguas, trabalhar com Mr. Weikath é muito, mas muito difícil. O fato é que Kay foi o primeiro vocalista do Helloween, cantando as músicas mais speed e cruas do primeiro álbum da banda, Walls of Jericho e também um dos compositores dos lendários Keepers of the Seven Key (part I & II) do Helloween que criaram um novo estilo de heavy metal: o Power Metal, ou simplesmente Heavy Metal Melódico, devido às inquietantes influencias de música clássica nas composições. Kay ao formar o Gamma Ray dá continuidade a abre um novo capítulo ao estilo. Não é a toa que é considerado o pai do Heavy Metal Melódico, responsável por influenciar outras bandas como Stratovarius, Blind Guardian, Sonata Arctica, Hammerfall, Rhapsody, Edguy, e por aí afora...

Tive a oportunidade de ver Mr. Hansen em ação. Ou melhor tive a oportunidade de ver todos quem eu queria ver, juntos em ação. Isso mesmo!
Em 2008 houve a turnê conjunta do Helloween e Gamma Ray. Passaram por Porto Alegre e lá estava eu: sozinho aos 31 anos, mas como se tivesse 16. Confesso que ao ver o banner do Gamma Ray e do Helloween ao fundo eu chorei. Foi um momento especial para mim, pois desde minha adolescencia eu curtia o som dos caras. E lá estava eu. Chorei, queria que meus amigos estivessem comigo, mas não podiam. Estava sozinho e chorei. Foi mágico.

As duas bandas juntas
  
Teaser da turne das duas bandas juntas
Apenas um parênteses antes de eu continuar:
Cheguei na rodoviária de calça jeans rasgada no joelho, uma camiseta do Iron Maiden e uma camisa de lã amarrada na cintura. De imediato imaginei que seria o único aborígene quando ví vários iguais a mim saindo de alguns ônibus. "Oba, não sou o único louco". Estava já eu na fila do show acima citado. Sozinho, resolvi conversar com dois caras que estavam em minha frente. Aparentavam ter minha idade, um deles usava óculos e era gordinho e outro magrão e alto e, detalhe, estavam trajados do mesmo jeito, a única coisa que não era a mesma era a camiseta: cada um com uma de uma banda diferente. Começamos a conversar e perguntei a idade deles. Um tinha 31 e o outro tinha 32. Pensei que eu fosse um tiozão naquele meio mas depois vi que eu era um cara muito dos normais. Aí resolvi perguntar o que eles faziam e um disse que trabalhava com telecomunicações e o outro era programador. Deu vontade de dizer: "dá licença, vou achar alguém diferente para conversar..". Aquilo pra mim foi incrível, meu atestado de sanidade metal, ou insanidade, vai saber...
Bom!
O Gamma Ray começou seu trabalho com diferentes formações. Destaca-se a presença nos primeiros trabalhos de Ralf Scheepers, um grandalhão musculoso de voz esganiçada que queria ser o Rob Halford, mas não era veado suficiente pra isso. Saiu da banda para formar o Primal Fear, banda que faz uma cópia discarada do Judas Priest. Com isso, Kay Hansen assume os vocais do Gamma Ray e até regrava tudo para que a coisa fique homogenea.
Hansen está longe de ser um grande vocalista. O lance dele é compor e tocar guitarra. Nessas coisas sim ele é bom, mas sua voz fecha bem com as composições da banda.
De 1998 pra cá, o Gamma Ray tem sua formação estabilizada, com Kay Hansen (voz/Guita), Henjo Richter (Guita), Dirk Schlachter (Baixo) e Dan Zimmermann (batera). Daí pra cá, é um trabalho mais prazeiroso que o outro.

Dirk, Dan, Kay e Henjo
O Gamma Ray sempre será conhecido pelo seu som pesado, melódico, com letras profundas sobre terras desconhecidas, invasões alienígenas,  armagedons, tempos de liberdades, batalhas cósmicas, etc... Mas sempre interpretadas com um censo de humor e diversão. Isso mesmo!
Quando fui conferir o show dos caras em 2008 me surpreendi e confesso: entre Gamma Ray e Helloween, o Gamma Ray fez o melhor show, pois foi o mais empolgante e o mais divertido. Também pudera, os caras são legais, bem humorados, divertidos e demonstram que estão ali por prazer acima de tudo. Adoram o público, se divertem, brincam, vivem com eles.
E com isso, ao longo de quase 20 anos o Gamma Ray persiste fazendo o melhor heavy metal que se pode conhecer: poderoso, empolgante, polido, bem tocado, clássico, de bom gosto. Não tem como não gostar.
Não tinha como não comprar To The Metal. E não me decepcionei.

Olha, o que a gente vê por aí é quando uma banda chega a uma "certa idade" parece que a coisa desacelera e as coisas ficam mais cadenceadas ou mesmo repetitivas. Vemos isso com o Iron Maiden, Kiss, Metallica, Slayer, e por aí vai. Mas não é o que acontece com o Gamma Ray.
Nesse novo álbum sobram peso, diversão, empolgação, bom gosto musical, melodia e velocidade. Esses alemães conseguem tudo isso sem se tornarem repetitivos ou mesmo cansativos.
E lá vem eles com um novo álbum cujo título é uma alusão ao que mais gostam de fazer, o heavy metal. Toda sua devoção a um estilo musical que também tornou-se um estilo de vida para muitos ao redor do plantea, marginalizado antigamente mas que hoje é sinônimo de inteligência, intelectualidade, estudo, caráter, irreverência e competência.
Devo destacar algumas faixas. All you need to know começa com uma velocidade violenta e depois cai numa melodia incrível trazendo um alto astral ao ouvir sensacional. Essa faixa tem dueto de voz com Michael Kiske, o lendário vocalista do Helloween nos tempos dos Keepers que vive falando mal do heavy metal mas já participou de inúmeros trabalhos com inúmeras bandas do gênero. Esse é mais um deles. Vai saber o que esse cara pensa. Aliás, Kiske merece um post a parte.
Depois temos o peso de Time to live e a oitentista Mother Angel. Lá na finaleira temos Deadlands que traz um teclado que me lembra The show must to go on do Queen mas que cai numa pauleira sensacional.
Enfim, To the Metal não é uma paulada, é uma martelada.
Gente, sinceramente, por mais que não se goste da barulheira do heavy metal ou do hard rock, é impossível não cantarolar após ouvir um dos refrões desse disco. Assim como os demais, esse é sim um álbum barulhento, mas tem muita melodia musical. Volto a dizer: bom gosto.
Abaixo o clip da faixa To The Metal.

E se você assistiu o clip acima e não concorda comigo é porque não gosta de heavy metal. Se você não gosta de heavy metal mas respeita e admite que ali existe música, trabalho e arte, tudo bem. Mas se você acha que tudo isso é só uma barulheira, então vai se foder!

Heavy Metal is the law!               ,\oo/

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um dos comerciais mais massa da Volkswagen

Fazia tempo que eu não curtia algo tão criativo. Marca registrada do marketing dos alemão.
Eu simplesmente adorei.
Divirtam-se...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Prova da existencia de E.T.s na Terra

Quase que inacreditável! Se não fosse esse vídeo realmente não poderíamos acreditar.
Finalmente conseguimos um vídeo documental que comprova a existência entidades extra-terrestres junto a populações humanas, e aqui perto de nós.
O vídeo abaixo foi filmado no Estádio Olímpico Monumental em Porto Alegre durante o jogo Gremio X Botafogo pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2010 em dezembro, em meio a torcida tricolor onde esta já festajara a vitória do Grêmio por 3x0.
A identificação de dois seres de origem desconhecida é possível logo no início do vídeo.
As cenas são fortes, inapropriada para cardíacos e demais pessoas sensíveis.
Não há como não se arrepiar com as imagens.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Censura a Monteiro Lobato nas escolas - mais uminha

Olha só!
Eis a foto da intelectualóide membro do Conselho Nacional de Educação que emitiu o parecer que censura as obras de Monteiro Lobato nas escolas:
Nilma Lino Gomes
Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1988), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1994), doutorado em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (2002) e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade de Coimbra - Portugal (2006).
O seu parecer afirma que o programa segue critérios estabelecidos pela Coordenação-Geral de Material Didático do MEC para a seleção de títulos, e um dos critérios é primar pela "ausência de preconceitos, estereótipos ou doutrinações". Sendo assim, o texto sugere que livros com teor semelhante não sejam selecionados no PNBE ou, caso sejam, a Coordenação-Geral de Material Didático e a Secretaria de Educação Básica do MEC deverão exigir da editora a inserção de uma "nota explicativa" com esclarecimentos ao leitor sobre a presença de estereótipos raciais na literatura.
"Esta providência deverá ser solicitada em relação ao livro Caçadas de Pedrinho e deverá ser extensiva a todas as obras literárias que se encontrem em situação semelhante". diz o documento, aprovado por unanimidade pela Câmara de Educação Básica do CNE.
Outro trecho do parecer afirma que o governo deve implementar política pública que busque "formar professores que sejam capazes de lidar pedagogicamente e criticamente" com "obras consideradas clássicas presentes na biblioteca das escolas que apresentem estereótipos raciais".

O que vou escrever agora pode me levar a cadeia. Não precisamos de uma declaração formal dessa mulher para afirmarmos que ela é negra. Se ela ler o que estou escrevendo,e ao menos que não tenha orgulho de ser uma negra, poderei enfrentar sérios problemas judiciais por isso. O que realmente vejo é mais uma demonstração de que os maiores promovedores no Brasil do racismo atualmente são pessoas negras. Que seja feita justiça: não são todas nem mesmo sua maioria.
Mas eu já vi nas bancas revistas só para negros, se não me engano seu nome era "Raça". Já ví leis que dão cotas em universidades  e por aí vai. Será que serei preso se eu editar uma revista só para brancos? Acho que sim.

 Mas convenhamos, não tem sentido eu fazer isso, uma revista só para brancos. E quanto aos negros, qual é o sentido dessa publicação? Isso não é racismo?
Então, o que concluo é que existem pessoas (negras) que ficam procurando pêlo em ovo, tentando ver em algum lugar alguma prática de racismo e imagino porque simplesmente não são, ou estão, satisfeitas com o que são de fato. Ou seja, o famoso recalque. Mas esse tipo de sentimento ninguém pode mudar, senão a própria pessoa.
Ou então, pode não ser nada disso, pode ser simplesmente um caminho mais curto para que seu nome apareça na mídia através de um assunto polêmico. Pois bem Dra. Nilma, conseguiu mais um espaço, agora no meu Blog.
Essa é minha opinião. E que fique bem claro: não sou racista! Meus amigos e colegas negros podem comprovar isso.
Vou esperar agora a Polícia Federal bater a minha porta.

Censura a Monteiro Lobato nas escolas - continuação...

Minha indignação é tamanha que resolvi me aprofundar no assunto. Olhem o texto que achei:

Estou pasma com a notícia. Um estudante de mestrado da Unb denunciou, uma professora universitária foi relatora do processo e um conselho nacional de educação aprovou um parecer de censura à leitura de Caçada de Pedrinho nas escolas públicas. Onde? No Brasil.
Qual é o próximo passo? Proibir Stanislaw Ponte Preta porque, numa crônica, colocou um leão comendo funcionários públicos sem sofrer já que são preguiçosos e inúteis e não fazem falta a ninguém. Depois será proibido Nelson Rodrigues porque fez de um negro vilão e algoz dos filhos da mesma cor. Proibiremos Shakespeare por ter criado Próspero oprimindo Caliban. Finalmente, Homero pela posição insignificante dada a Briseides. Não tem fim a lista de possibilidades do politicamente correto importado por setores (poderosos) intelectuais no Brasil.
Eu deixei de ler uma escritora norte-americana até razoável o dia em que ela transpôs para a Grécia antiga, numa obra de ficção, os conceitos contemporâneos de escravidão. Fiquei de queixo caído com um filme norte-americano em que Tróia é tomada em seis horas e Briseides leva o maior papo feminista discutindo a relação com Aquiles.
Qual é o problema dessas pessoas? Não conseguem ter empatia suficiente para entender outro ponto de vista que não o delas? Não conseguem olhar para outra época sem a visão presente?
Acusam o texto de Monteiro Lobato de racismo. Quem é racista? Emília? Dona Benta? O narrador? O autor? Por acaso, a minha dissertação de mestrado é sobre a obra infantil de Lobato. Por acaso, li muita coisa da correspondência dele com amigos. Como Godofredo Rangel, Anísio Teixeira, Lima Barreto. O que posso dizer num blog sobre ele, eu que leio Lobato desde os oito anos e que só recebi contribuições positivas de sua literatura? Posso dizer que ele era um homem corajoso, contestador, criativo e genuinamente interessado na melhoria da educação no Brasil.
Quantos dos que imitam as bobagens vindas da esquerda culpada norte-americana podem se gabar disso?


Por Sonia Rodrigues

Abaixo o link do artigo:
http://oglobo.globo.com/blogs/inclusaodigital/posts/2010/10/31/monteiro-lobato-o-mec-337143.asp

Monteiro Lobato não pode. Já a pornografia...

Há alguns meses atrás postei aqui um texto de repúdio a alguns intelectuais que queriam (ou querem) banir Monteiro Lobato das escolas por "incitar o racismo". Vê se pode.
Recebi recentemente um email de uma educadora indicando um link do site da revista Veja onde um colunista expressa sua opinião sobre os novos "materiais didáticos" do MEC e sua nova política educacional.
Eu não vou formular opinião sobre o texto, até mesmo porque não é necessário. O texto em si já expressa minha opinião e faço dele minhas palavras também. Mas devo dizer que a sociedade brasileira (não me interessa as demais) está sim definhando moralmente e eticamente substituíndo valores ditos ultrapassados por novos ditos "de vanguarda".
Só saberemos o que irá acontecer quando a nova geração que está sendo educada com esses novos valores estiver no comando da locomotiva da sociedade.
Esperar para ver... e rezar.
Abaixo o texto na íntegra:

O mesmo país e o mesmo governo que aprovaram uma Lei do Estupro que distorce a realidade, como provam os indicadores da Secretaria de Segurança Púbica (ver post abaixo), permite isto:

“Olha, ele fica duro! O pênis do papai fica duro também?
Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro.”
“Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho, vai ver bem melhor. Aqui em cima está o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso.”
“Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a sua vulva, porque é gostoso. As pessoas grandes dizem que isso vicia ou “tira a mão daí que é feio”. Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema”.
São trechos do livro “Mamãe, Como Eu Nasci?”, aprovado pelo MEC para alunos na faixa dos 10 anos. Comentei ontem este assunto aqui.
Ah, sim: o MEC havia vetado Monteiro Lobato! Monteiro Lobato não pode! Pornografia para crianças, tudo bem!, incluindo o incitamento para que desobedeçam às orientações do pai e da mãe porque “a brincadeira não causa nenhum problema”.
Incrível, não? Eu realmente não sei como foi que a civilização chegou até aqui sem a ajuda desses libertadores sexuais. Se, sem eles, já tivemos Leonardo, Michelangelo, Schopenhauer e Beethoven, imaginem quando a masturbação for estatizada e tratada por professores convertidos em animadores sexuais…
Ninguém mais vai querer pintar, fazer música ou esculpir. Passaremos a eternidade mexendo no pingolim e na borboletinha.
Não sei se peço cadeia ou médico pra essa gente.

Por Reinaldo Azevedo



Abaixo o link do artigo:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/monteiro-lobato-nao-pode-ja-a-pornografia/

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A Tale that wasn't right...

... é, uma de minhas músicas preferidas do Helloween.
Integrante do lendário álbum Keeper of the seven keys  - part I, essa faixa deixa um pouco de lado a barulheira e o peso  para dar lugar ao romantismo e a um refinado gosto musical, principalmente na interpretação vocal.
Tirei uns minutos para brincar no Google e procurar essa canção e tive duas gratas surpresas: a primeira é a música ao vivo interpretada por Michael Kiske em 1993, que gravou sua versão original de estúdio. Já a segunda é intepretada por Andy Deris em 2001, que substituiu Kiske na banda.
Essa é a grande surpresa. Quem é fã do Helloween sabe da diferença dos vocais entre Deris e Kiske. Sabe inclusive que Deris é inferior e muito limitado com relação a Kiske. Mesmo assim, a interpretação de Deris mata a pau e a meu ver é melhor que a de Kiske, apesar de toda a afinação que este último possui e domina. Andy Deris definitivamente bota mais coração na música.
Enfim, para quem ta afim de uma boa música e fazer um agrado aos ouvidos, estão aí as duas versões.
Devo dizer que eu prefiro a segunda, do Deris:


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Luís Fernando Veríssimo e o BBB

Olha:
Eu realmente queria dizer algo sobre esta verdadeira bosta que a Globo passa há 10 anos todo o santo verão. Mas o Luís Fernando Veríssimo conseguiu sintetizar num único texto. Na  verdade, esse texto é extraído da Web e não vi confirmação de que sua autoria seja dele mesmo.
Mas é um texto extremamente inteligente que expõe direitinho o tal BBB.
Se o texto for realmente do Luís Fernando Veríssimo, mais uma prova de seus valores intelectuais. Apesar de ser PT e colorado... (brincadeirinha!)

Abaixo o dito texto, na íntegra:

"Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE. Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!). Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.. Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia. Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo. O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores ) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…, estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade. piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!). Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.. Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia. Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo. O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores ) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…, estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade."

P.S.: O Bial, jornalista de mão cheia, também caiu no meu conceito.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Brasil na visão dos americanos

Quem conhece o famoso programa jornalístico da TV americana chamado 60 minutes sabe de seu caráter sério e na profundidade como aborda seus assuntos veiculados.
Pois eis que este programa dedicou uma reportagem em um de seus episódios para tratar do Brasil que finalmente começa a ser levado a sério lá fora, especialmente pelos americanos, conforme o vídeo abaixo:

Não dá para esconder nossa pontinha de orgulho ao assistir tal reportagem. Mas penso que esse vídeo deva servir de reflexão para muitas coisas. A primeira delas é que muitas das coisas que foram exibidas nele não são de conhecimento da grande maioria da população brasileira. Em segundo que nos sirva como uma "bronca moral" pois o povo brasileiro deve parar com o tal "complexo de vira-lata" onde nós mesmos nos ridicularizamos e nos rebaixamos junto ao resto do mundo.
Por último, uma observaçãozinha: a reportagem trata o Lula como o messias brasileiro, responsável pelo milagre a multiplicação dos pães no país. Evidentemente que não lembraram dos amargos remédios fiscais que o Fernando Henrique promoveu, bem como da criação do Real. Tudo isso, devemos lembrar, combatido com unhas e dentes pelo Companheiro Lula. Agora é ele quem colhe tudo isso...
Não devemos, no entanto, nos iludir com esse vídeo e pensar que tudo está bem encaminhado no país. A corrupção é endêmica, precisamos fazer sérias reformas e a primeira deve ser a política. O governo Lula nos seus 8 anos não moveu uma palha para que alguma delas pudesse ocorrer. Os escandalos permearam a gestão do Lula.
Lula é sim um fenômeno. Já a Dilma não e ela terá muita dificuldade por causa disso. Lula não teve dificuldade porque estava blindado pelo proprio carisma. Nas piores crises quem fritou foram seus ministros mas nunca ele. E para os de lá de fora ele é "O Cara".
O vídeo é interessante e recomendo a todos que o assistam. Que sirva para que cada um fundamente sua posição política.
Infelizmente os americanos são egocêntricos demais e nem todos assistem a programas do nível do 60 minutes. A não ser quando os convém.