segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Santo Graal Parte IV: As teorias do Graal

OK!
Para aqueles que acessam meu blog exclusivamente para acompanharem os posts referentes À minha demanda particular pelo Santo Graal, aí vem mais o 4º da série. No post anterior, tratamos exclusivamente da lenda que envolve o personagem bíblico José de Arimatéia com o Santo Cálice. Neste novo post, pretendo então fazer um breve apanhado dos posts até aqui publicados com mais algumas pequenas teorias sobre o paradeiro, ou o mesmo o que venha a ser, o Santo Graal.
Não preciso dizer que esse é um trabalho amador, pessoal, feito por pura satisfação pessoal. Não há dúvidas que tento filtrar o máximo de informações procurando publicar apenas o relevante descartando o que é obviamente devaneio. Deve-se sim, levar em consideração que nem tudo o que transcrevo está científicamente comprovado. Muito do material que obtive através da web, e mesmo através de livros, é considerado especulação.
Aos amigos que seguem esta série devem, portanto, relevar conceitos científicos e religiosos, fazendo assim suas próprias triagens sobre o conteúdo aqui exposto.
Pois bem, vamos lá...
Em 1934, foi lançado um livro: “The Holy Grail, Its Legends and Symbolism” por Arthur Edward Waite, que junta várias dessas teorias. Muitas delas (na sua maioria, na verdade) são uma verdadeira viagem.

1) A lenda do Graal refere-se a um tradicional Caldeirão Celta, no qual os druidas misturavam suas poções e ervas misteriosas que curavam e restabeleciam as forças e que talvez, seja o ancestral de nossa medicina naturalista. Esta lenda teria sido absorvida pelos cristãos, com a conversão de Celtas à Igreja Romana;

2) O Graal era o codinome de uma ordem ou Seita Secreta descendente dos ensinamentos secretos de Cristo, não divulgados nas Escrituras e da qual, José de Arimatéia fazia parte ou era o dirigente;

3) A lenda de Percival narrada por Troyes trazida para nós mais recentemente, em fins do século XIX, através de um drama musical de Richard Wagner, que narra como Percival encontrou com facilidade o castelo aonde estava o Graal, mas por seu comportamento imaturo, foi mandado embora do castelo, tendo que fazer uma longa peregrinação até reencontrá-lo;

4) A lenda narrada por Eschenbach no qual o Graal é uma pedra que os anjos trouxeram para a Terra, confiando-a aos “moradores do Templo” – os Cavaleiros Templários, representados por uma comunidade de cavaleiros escolhidos e que viviam com seu rei num castelo feudal, semelhante a um templo. O velho rei sofre então, uma ferida incurável que o impede de continuar sua missão e é obrigado a aguardar um cavaleiro que mereça ocupar seu lugar. O enfraquecido rei e seus cavaleiros são levados por anjos através dos ares para a Índia, de onde na época oportuna o Graal tornará a irradiar sua força renovadora;

5) O Graal-pedra era uma pedra preciosa que caiu da tiara de Lúcifer em sua luta contra forças divinas por ocasião de sua insurreição contra Deus. Essa pedra esteve inclusive em poder de Adão antes de sua queda. Pode-se afirmar também que a pedra é o terceiro olho de Lúcifer localizado no centro da testa e com o qual os antigos podiam ver Deus antes de sua queda do Paraíso, como já relatamos.

6) A palavra usada para o Graal mudou subitamente muitas vezes. Uma destas palavras é sangreal. A palavra foi dividida para significado Santo Gral (San Greal), ou ainda Santo Graal. Porém, algumas teorias foram pesquisadas de forma que apoie um significado diferente da expressão “Sangue Real”. O cálice que continha o Sangue de Cristo, seria o conhecimento secreto sobre uma descendência consangüínea direta de Jesus, após sua sobrevivência à crucificação. O princípio básico atrás desta teoria é aquele que Jesus Cristo teve uma criança (ou crianças) com Maria Madalena. A linhagem do Sangue Real foi continuada assim e em algumas teorias existe realmente. Os livros mais recentes associam caráteres históricos e lugares com esses achados em textos medievais do Graal e demonstram como a linha de sangue de Cristo foi envolvida em negócios mundiais. Outro investigador notável do Graal, Walter Stein, também investigou esta teoria durante algum tempo. As teorias deles foram desacreditadas por causa da associação com Nazistas. Ele realmente era conselheiro de Winston Churchill sobre atividades nazistas durante um tempo. Essa teoria ganha holofotes nos anos 2000 com a publicação do romance "O Código Da Vinci" de Dan Brown.

O Graal e as lendas locais
Em quase todos os locais do mundo, mais precisamente no oeste europeu, existem várias lendas locais de "Graals". Quase todas estas lendas trazem os princípios cristãos como base:

Capela de Rosslyn, Escócia:
É sobre o Graal que o investigador Trevor Ravenscroft reivindicou em 1962. Ele tinha terminado na Capela de Rosslyn, uma investigação de vinte anos à procura do Graal. Nesta capela parece haver uma contradição das afirmações de Ravenscroft: o Graal parece ser uma forma de conhecimento e também um objeto real (Cálice de Cristo). Isto simplesmente é explicado pelo fato que muitas pessoas referem-se ao Graal como o Cálice de Cristo, enquanto que o Sr. Trevor sentiu que não pode ser o caso. Ele ainda teria chamado este cálice de Graal, para comunicar seus conhecimentos. Ravenscroft pode ter acreditado em mais uma teoria. A reivindicação dele era a de que o Graal estava dentro do Pilar de Prentice (como é conhecido) nesta capela. Partindo-se então da premissa de que o Graal pudesse estar dentro de sua pilastra, foram utilizados detectores de metal, sendo detectado que um objeto do tamanho apropriado realmente está enterrado no meio desta pilastra. O Sr. Adamantly de Rosslyn recusa-se a permitir que o pilar seja radiografado.

O Graal de Gales:
Diz-se que havia uma comunidade em Gales que guardava uma xícara ou cálice de terracota que estava dentro de um outro cálice confeccionado em ouro. Era capaz de realizar curas e era uma ferramenta poderosa para o bem nas mãos direitas (ou seja, era um objeto que poderia ser utilizado para o bem desde que fosse manuseado por iniciados do lado claro da força). Em 1880 um grupo de indivíduos possuía a intenção declarada de estudar o esoterismo como a "Kabalah" e adivinhações em Tarô. Na realidade sua intenção era achar e destruir o Graal Santo. Durante dez anos, o Graal foi movido e escondido e acha-se finalmente em um lugar seguro. Porém, um dos guardiões traiu os outros e o Graal foi levado. Uma massa preta foi colocada em cima do Graal e destruiu o seu poder e então foi feito em pedaços e os pedaços difundidos. A maioria das lendas sobre o Graal possui muitos detalhes inconseqüentes somados; para dar uma falsa autenticidade. Nomes, datas, lugares e até mesmo figuras históricas são difundidas nas lendas. Isto não é verdade neste caso e faz a lenda sem igual e interessante por causa disto.

O Graal em Glastonbury, Inglaterra:
José de Arimatéia, assim a lenda fala, veio para a Inglaterra, para Glastonbury, depois da morte de Jesus. Com ele trouxe a xícara (cálice) de cristo. Uma lenda local diz agora que a xícara está enterrada em algum lugar debaixo da colina “The Tor” em Glastonbury. "The Tor" é um local antigo de ritual e religião e ainda é um lugar de peregrinação à pé; é um local alto, fora da zona rural de Somerset. Existe lá um poço que é agora um lugar quieto, de santuário, com jardins circunvizinhos, fluxo com água de profundidade, que correm debaixo do "The Tor". As pedras cobertas pela água da primavera são de cor vermelha, representando o "Sangue de Cristo", e a própria água, quando ingerida, deixa na boca um sabor residual muito igual a sangue. The Tor pode ter uma cadeia de túneis subterrâneos, há muito tempo fechados hermeticamente e supõe-se que o Graal tenha sido enterrado em um destes túneis.

O Graal no Mar Báltico:
Em The Templar's Secret Island ("A Ilha Secreta dos Templários"), livro de 194 páginas escrito pelo dinamarquês Erling Haagensen em parceria com o inglês Henry Lincoln, é apresentada a teoria que o Santo Graal e a Arca da Aliança provavelmente foram escondidos pela Ordem dos Cavaleiros Templários na ilha de Bornholm, no Mar Báltico, cerca de 830 anos atrás.

Afinal de contas, o que deve ser levado a sério?
Como podemos ver, os princípios cristãos aflorados na Idade Média, associados ao simbolismo e à fertilidade do imaginário popular geraram várias teorias sobre o que é o Graal e o paradeiro, caso consideremos este ser um objeto. Sendo assim, de acordo com o propósito deste site, é necessário fazermos uma seleção das linhas de teoria sobre o assunto para abordá-las daqui para a frente.
Para muitos pesquisadores, a teoria mais aceita está relacionada a José de Arimatéia como sendo o guardião do Santo Cálice utilizado por Jesus na Santa Ceia para beber vinho e no qual Arimatéia recolheu a água e o sangue dos ferimentos de Cristo quando em sua crucificação. Ele teria levado consigo este Cálice, quando viajou para o Ocidente, em direção à Abadia de Glastonbury, no qual morreu. Os pesquisadores sugerem três reivindicações sobre a Lenda do Santo Graal:

a) A da Abadia de Glastonbury na Inglaterra, ligada à lenda de Arimatéia;
b) A de Gênova, ligada a lenda do cruzado Guglielmo;
c) A região dos Pirineus na França, ligada à inúmeras lendas dos Albingenses sobre cálices milagrosos ou com poderes mágicos.


EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO

Apresentados contos, lendas e teorias das mais diversas sobre a existência e saga do Santo Graal, cabe a nós, nesse momento, analisá-las confrontando com fatos históricos da conturbada Idade Média para que possamos identificar (ou simplesmente supor) a origem de tantas versões.
Segundo os contos de Boron, o Santo Graal teria passado pelas seguintes pessoas:

1) Judeus: um presente dos judeus à Cristo;
2) Jesus Cristo: em sua última ceia;
3) Poncio Pilatos: este entregou o Graal a José de Arimatéia como parte do pagamento;
4) José de Arimatéia: Recolheu o sangue de Cristo;
5) Brons: o “Rico Pescador” dos contos de Boron. Cunhado de Arimatéia que deveria partir para a Bretanha;
6) Percival: filho de Alain de Grois e neto de Brons. Foi o escolhido para ser o guardião do Santo Graal.

A história apresentada é bastante interessante e bela, com começo, meio e fim. A explicação que o herói dos contos arthurianos, Percival, é descendente direto de José de Arimatéia e é Merlin que o revela isso, explica o porque de Percival ser o único dos cavaleiros enviados por Arthur para encontrar o Santo Graal consegue encontrá-lo, que novamente desaparece, levado por Percival para ilha de Avalon.
Eis a questão: como acreditar em algo que nos remete à uma lenda? O Rei Arthur é um mito (embora se acredita ter encontrado seu túmulo em Glastonbury), Merlin é um mito, Percival é um mito, Avalon é um mito. Isso nos leva a crer que o próprio Graal seja apenas um mito.
Antes de qualquer coisa, é preciso considerar que o Graal existe e que José de Arimatéia foi seu primeiro guardião. Pois bem!... Vamos consultar a história!


Beleza.
Até a próxima.

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