segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mr. Big - Bar Opinião - Porto Alegre 10/07/2011

O mais bacana de quem tem mais de 30 anos é poder curtir velhas bandas. Aquelas que a gente ouvia quando ia para a escola no walkman com fitas K7 trocadas entre amigos. É..., não tinha Internet, nem mp3, muito menos IPod. Os CDs recém se popularizavam e os vinis ainda circulavam a todo o vapor. Assistir a um show daqueles caras então... Nos anos 80 e 90 o RS recém estava entrando para a rota dos shows de rock. Ir a um show como o do Mr. Big ou de qualquer outra banda de renome, só se aventurando a São Paulo ou Rio de Janeiro.


E quando que eu poderia imaginar que um dia eu veria essa banda tocando ao vivo. Até hoje me recordo da primeira vez que a vi: foi assistindo ao clipe da música "To Be With You" no programa "Disk MTV" em 1992 com 15 anos (caco de memoria hein??!!). Foi trocando fitas e discos que conheci um pouco mais da banda. A maior lembrança que tenho dela foi a vez que fui a praia (1992,1993,...) e por várias tardes passava a mão no walkman e saía para caminhar com uma fita tocando suas músicas pela beira-mar. Sozinho, sem comer ninguém, obvio...

Mr. Big nos anos 90
Mr. Big hoje
Antes de continuar a falar sobre minha experiência no show, deixa eu apresentar a banda. O Mr. Big é uma banda norte-americana formada em 1988. Começou em 1989 como um quarteto integrando Paul Gilbert (também conhecido pela galera por Paulo Gilberto, guitarra), Billy Sheehan (baixo), Eric Martin (vocal) e Pat Torpey (bateria). Todos os membros eram considerados, principalmente por colegas músicos e críticos, extremamente habilidosos e com um talento acima da média em seus respectivos instrumentos. A banda sofreu alguns revezes com a saída de Gilbert, mas caracterizou-se também com o seu retorno e hoje está na ativa com a formação original. E muito bem obrigado.
Eu devo confessar que nunca fui um grande fã da banda e por isso nunca acompanhei de perto seu trabalho. Na verdade tive apenas algumas fitas (as já citadas K7) e o CD "Pump ahead". Eu nem sabia que o Gilbert tinha saído e voltado da banda, só pra ter uma idéia.

Sheehan, Torpey, Eric e Paulo Gilberto
Mesmo assim não há como dizer que a banda seja desconhecida. As baladas que permeavam as rádios FM ressonam nos ouvidos da mulherada. Um show de rock com essa banda seria um bom programa para um casal na faixa dos 30 anos, seja para relembrar os clássicos da adolescencia, seja para presentear a esposa com baladas açucaradas, so que dessa vez tocadas ao vivo.
A chance veio com um toque da parceria. Fiquei sabendo pelos MSN da vida que em Porto Alegre teria um show do Mr. Big, divulgando seu novo álbum: "What if..." no Bar Opinião com o principal atrativo: "formação original". Então, lá fomos...


Estava receioso com minha esposa. Apesar dela gostar de algumas músicas, não sabia como seria sua aceitação quanto ao show. Minha intenção era levá-la a um show de rock, pois eu frequentemente vou a PoA para assistir shows, mas sempre só. Queria não apenas que ela me acompanhasse, mas que curtisse. Bem,... deu certo!!

Galera da excursão
Valeu cada centavo das 260 pratas gastas nos ingressos. Os véios detonaram! Para resumir a resenha do show pode-se afirmar o seguinte: sensacional. Não me refiro apenas à performance excepcional dos caras, mas uma competência ímpar em afinação de instrumentos e de equalização da sonorização do evento. Cara, o som estava ótimo e a fidelidade com que as músicas foram tocadas para com as versões de estudio foi fantástica.
Afora os aspectos, digamos "técnicos" do show, gostaria de lembrar as inúmeras pessoas que simplesmente choraram durante a apresentação da banda. E não eram minininhas loucas pra tocar no Paulo Gilberto não, eram barbados, cabeludos, coroas... todos com a mesma emoção de quem vos escreve: a de poder estar curtindo ao vivo uma banda que marcou com sua sonoridade sua adolescencia e juventude. Definitivamente pudemos voltar aos 16!

Foto by Kelen

Foto by Kelen
O mais legal da apresentação da banda foi a forma como os músicos ficaram a vontade com o público. A sensação que tinhamos era de que eles estavam se divertindo mais que nós. Não sei se isso deveu-se ao fato de estarmos num lugar bonito, de boa infraestrutura e pequeno como é o Bar Opinião, a ponto de ficar aconchegante para quem se apresenta, bem proximo do público. O fato é que eles botaram pra quebrar e da forma como se doaram, imaginamos que, se eles fizessem sempre assim, não aguentariam uma turnê inteira. Por isso nossa crença de que ali foi um momento especial pra eles também.

Paulo Gilberto em ação. Foto by Kelen
Os caras tocaram 1:45min. Voltaram para o bizz, tocaram mais 4 músicas e depois ficaram se bobeando com a galera, trocando de instrumentos e lugares e tocando clássico so rock como "Smoke on the water" do Purple. Animaram e "se" animaram. O show foi diversão pura.

Foto by Kelen
O Mr. Big esbanjou alegria, energia, simpatia e emoção. Quem foi, quem conferiu, tenho certeza de que nunca mais se esquecerá pois pra mim até agora a ficha não caiu direito.
Um registro sobre o evento deve ser feito. Constatei naquela noite que no Opinião haviam mais santamarienses que numa noite de Expresso 362 no Absinto. Que coisa incrível. Ponto pra nós, pois to começando a achar que somos uma das cenas mais roqueiras do estado.
Ponto negativo da excursão foi a volta, onde um peidorreiro misterioso resolveu agir. Foi uma salva de 4 ou 5 tiros onde não conseguimos identificar a origem. O efeito químico foi tão grande que em determinados momentos o motora teve que ligar o ar condicionado da van para uma ventilação emergencial. Este episódio deixou uma pergunta que não quer calar: "Who farted?"

O Mr. Big matou a pau no Opinião em Porto. Abaixo uma provinha pra vocês.


Humilde opinião de quem vos escreve.

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