quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Minha homenagem a Tony Curtis

Cheguei no meu trabalho hoje e ao acessar o site do Terra pude ler a triste notícia da morte do ator americano Tony Curtis.

O cara foi galã das antigas e lembro dele nos filmes que a Globo passava na Sessão da Tarde quando eu era criança (do tempo em que a Globo passava filmes bons!).
Tony Curtis participou de mais de 140 filmes, muitos deles comédias memoráveis. A comédia mais marcante em que Curtis atuara foi "Monsier Cognac", cujo principal personagem era um cão poodle astro de TV que fugia sempre para beber. Um verdadeiro sarro.

Porém, o papel mais marcante de Curtis no cinema foi junto a outro monstro de Hollywood, Kirk Douglas, no filme "Spartacus" de Stanley Kubrick (1960).
Não preciso dizer que o cinema perde muito. Tony Curtis era um dos atores das antigas que eu mais gostava, juntamente com Charlton Heston, Gregory Peck, Kirk Douglas, Richard Burton, entre outros.
Com mais de 50 anos de carreira e uma centena de filmes como protagonista, Curtis, cujo verdadeiro nome era Bernard Schwartz, nasceu em 3 de junho de 1925, em Nova York, em uma família de origem judaica.
Morreu aos 85 anos em sua residência na cidade de Henderson, no estado americano de Nevada, informou nesta quinta-feira (30) sua filha, a atriz Jamie Lee Curtis (aquela do "True Lies"), ao site Entertaiment Tonight.

domingo, 26 de setembro de 2010

Nightwish

É muito legal quando a gente vê bandas que simplesmente reinventam o rock, em especial o heavy metal, desde que usando o bom censo e bom gosto artístico. Um caso desses é o Nightwish, banda finlandesa que iniciou sua carreira nos anos 90 mas que estourou mesmo a partir do ano 2000. Os meus amigos sabem que sempre gostei do heavy metal bem tocado, que não agride os ouvidos e que até a avó do cara é capaz de gostar dos arranjos musicais bem feitos. Não poderia, portanto, deixar de admirar o trabalho dos escandinavos que gradativamente conquistaram sua terra, a Europa e depois o resto do mundo.
Bem, Nightwish foi formado em 1996 na cidade de Kitee, na Finlândia, pelo tecladista e compositor Tuomas Holopainen; a formação original ainda contava com o guitarrista Emppu Vuorinen e a vocalista Tarja Turunen. Atualmente o grupo tem cinco integrantes, sendo que Tarja e o primeiro baixista, Sami Vänskä, já não estão mais envolvidos.
Jukka, Marco, Tarja, Tuomas e Emppu
O cabeção da banda é Tuomas. Músico talentoso por excelência, é o líder da banda e responsável pelas letras e composições musicais dominando os teclados. Entretanto, o Nightwish não se tornou conhecido pela musicalidade de Tuomas, nem mesmo pelas extrema competência técnica do batera, Jukka Nevalainen, mas sim pela sua vocalista, Tarja Turunen (antes de mais nada aprendam: o "j" faz som de "i" nas línguas germânicas e escandinavas), que possuía formação lírica. Assim, o Nightwish tornava-se uma banda com uma peculiaridade musical marcante, misturando heavy metal, sinfonia e lirismo em suas composições.
Justamente por ser uma combinação musical atípica, o Nightiwish se destaca, principalmente, pela competência de Tuomas ao compor e a arranjar todos estes elementos de maneira harmoniosa, fazendo um trabalho de prima.
Well,... entretanto, quando tocamos no nome da banda Nightwish, o que vem a nossa mente hoje é: sombras, escudirão, anjos da noite, tristeza, angústia, depressão, menininhas vestidas de preto com maquiagem carregada, enfim... o tão falado estilo gótico.
Mas a coisa não é bem assim. Na verdade, Tuomas, no início com o álbum "Angels fall fisrt", escrevia composições metafísicas, baseadas em mitologia nordica. Aos poucos isso vai mudando e as letras passam a ser pessoais e vão gradativamente sendo influenciadas por obras como as do escritor americano ultra-romancista Edgar Allan Poe, o que impinge à banda o estilo gótico (já já vou falar sobre esse troço). Isso é nítido nos álbuns "Century Child" e "Once" culminando no álbum "Dark Passion Play". No álbum "Once", no entanto, nota-se um estilo de heavy metal industrial sendo incorporado no estilo da banda. Notei isso em faixas como "Dark Chest of Wonders", "Wish i had an angel" e "Romanticide".

Tuomas sendo o principal compositor da banda não esconde suas influências musicais. São nítidos os elementos musicais de bandas de heavy metal melódico e power metal como Stratovarius e Helloween além de sua paixão por trilhas sonoras, especialmente pelo trabalho do maestro compositor de Hollywood Hans Zimmer. O próprio Tuomas admitiu em várias entrevistas que é fissurado em trilhas sonoras de filmes. Isso é fácil de acreditar e entender pois existem trilhas muito maneiras mesmo. Se nós ouvirmos atentamente "Once" e "Dark passion play" veremos esse elemento nas composições que dão um resultado muito original e bacana.
Tuomas Holopainen
Outro cara que eu admiro bastante na banda é o batera: Jukka Nevalainen. O cara debulha a batera. A técnica de dois bumbos se sobressai e sua participação nas canções é intensa de maneira que a bateria se sobressai sempre nos arranjos musicais das Músicas do Nightwish.

Jukka
Bem, até o álbum "Wishmaster" Sammi era o baixista, mas por questões de "divergências musicais" (sempre a mesma história), Sammi vaza da banda e entra Marco Hietala que além de baixista era vocalista da banda Tarot, que existia desde 1985 mas nunca deu muito no couro. Aliás, o Tarot só começou a aparecer graças ao Marco depois de entrar para o Nightwish. Marco, além de tocar baixo, assume em duetos com Tarja, o que trás uma nova roupagem para as composições da banda. Em muitos casos, temos o contraste gutural-lírico com interpretações bem fortes. Podemos ver isso nas músicas "Dead to the world" e na interpretação da "The phantom of the opera" no álbum "Century Child". Isso trás novas possibilidades para a banda, pois não será mais necessário apenas contar com um vocal feminino.

Marco Hietala
Porém (sempre temos um "porem"...), Marco ultimamente acha que tem uma voz espetacular. E está longe disso. Ultimamente anda se aventurando em projetos paralelos com o Tarot. Mas o que se deve ressaltar é o papel de coadjuvane em interpretações vocais no Nightwish. Ele, inclusive, deu uma imensa mão para a nova vocalista da banda no ultimo álbum, "Dark Passion Play".

Mas nem tudo foi flores para o Nightwish.
O auge da banda ocorreu com o lançamento do disco "Once" e sua turnê acaba em outrubro de 2005 com um show em Helsinki para mais de 11.000 pessoas (o maior da banda até então) no Hartwall Arena. O show gerou o terceiro DVD da banda intitulado "End of an era" (eles adoram titulos assim, o outro DVD era "End of Innocence').
Imediatamente após o show Tarja é demitida da banda por uma carta aberta da mesma no site oficial da banda. Muitas são as especulações sobre o fato. Mas a real é que Tarja já não pertencia mais ao convívio da banda isolando-se, em grande parte graças ao seu marido, o argentino (tinha que ser...) Marcelo Cabuli, que também é empresário dela. A banda justificou na carta que estava de saco cheio com algumas atitudes da mulher, como cancelar um show em Oslo só para ir ao cinema e dizer num vôo para Toronto que poderia sair da banda a hora que quizesse. O fato é que, desde a época do álbum "Oceanborn" Tarja já era influenciada por seu marido cafetão a seguir carreira solo. Eles (Tarja e o marido abobado) imaginaram que pelo fato da principal característica da banda ser a voz lírica de Tarja, a banda faria o que eles desejassem. Se ferraram!
Por falar no tal argentino, eu depois de algum tempo fiquei sabendo quem ele realmente era. Marcelo é empresário especializado em lançar discos de bandas de rock no mercado latino-americano, como o Angra, Rhapsody of fire, Beto Vazquez, entre outros.

O argentino "Yoko Ono" e Tarja
Existe outro lado da história. O próprio argentino dá sua versão dizendo que na verdade a demissão de Tarja é um amor mal-correspondido dela por Tuomas que seria apaixonado por ela. Balela!
Bem, a banda estava então sem a vocalista e, ao meu ver, sem a maior atração da banda, pois a verdade é que Tarja era uma peça peculiar e fazia o diferencial na banda. A grande característica do Nigthwish era o elemento ópera adicionado justamente pela interpretação lírica de Tarja, Além de ser um mina muito gata e gostosa.
Eu sinceramente fiquei muito impressionado com o anúncio da saída dela. Após esse tal anúncio, a imprensa começa a especular nomes e muitos surgem. O mais forte de todos foi o de Simone Simmons, vocalista da banda Epica que além de ter formação musical semelhante de Tarja era gostosa pra cacete. Mas não foi isso o que ocorreu.
Assim como Blaze Bayley no Iron Maiden e Andi Deris no Helloween, a banda (ou quem quer que seja) opta por uma guinada de 180º e contrata a sueca Annete Olson. Eu nunca ouvira falar dela.  Sua formação musical é totalmente distinta de Tarja: não tem nada de lirismo, embora com uma voz limpa bem feminina e linda. O problema é que as composições até então foram feitas para Tarja cantar. A discrepância é muito grande.
No disco "Dark Passion Play" isso é nítido. O vocal deixa de ser o principal atrativo da banda dando lugar aos inspirados arranjos de Tuomas e ao peso da guitarra de Emppu Vuorinen (guitarrista desde a formação original e que não o mencionei ainda). Então, com ela temos o "Dark Passion Play".
A minha opinião é a seguinte: Annete é inferior a Tarja. Tanto em voz quanto em beleza. Claro que beleza não faz muito numa banda, mas como eu sou um cara que gosta de mulheres, então... Mas Annete está longe de ser uma vocalista ruim e de ser feia. Alíás, bem longe disso! Meu medo é que o Nightwish vem a perder, não pela ausência de Tarja, mas pelo fato de se descaracterizar ao optar não mais por um vocal lírico.
Marco, Tuomas, Annete, Emppu e Jukka
Assim como nos exemplos de vocalistas que mencionei, a escolha de Annete é muito impactante para a banda e nem sempre acaba bem. Lembremo-nos do Bayley no Maiden. Mas também podem dar muito certo como Deris no Helloween, embora devamos admitir que a banda nunca mais foi a mesma (já falei em outro post sobre o Helloween). De forma que eu acho a vinda de Annete para banda uma grande aposta. Sem falar em outros "pormenores": Annete é casada, tem 34 anos e um filho pequeno. Isso pode dar um pouco de trabalho para ela e até para a própria banda.
Então ficamos na espectativa dos novos trabalhos do Nightwish. Para mim, mais um belo presente que a Escandinávia, em especial a Finlândia dá ao heavy metal.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Helloween

Vou falar um pouquinho sobre o Heloween.

Em primeiro lugar, quero dizer que sou muito suspeito em falar sobre o Helloween, pois é a minha banda favorita. Aliás, lembrar dos primeiros dias que conheci o som deles é muito legal (os churras na casa do Frizzo...).
Bom, o Helloween nasceu em 1984 em Hamburgo na Alemanha e contava com Kay Hansen na guita/voz,  Michael Weikath na guita, Marcus Grosskopf na baixaria e Ingo Schwichtenberg na batera e foi o precursor do metal melódico. É claro que se você for pesquisar a fundo, o Helloween teve alguns caras na formação antes desta, mas a revelação da banda mesmo foi nesse período.
É nítida a influencia do Iron Maiden no Helloween, embora logo no início o som melódico não era assim tão evidente pois com Hansen no vocal a banda ainda tinha um som muito cru, mas era bem tácito a influencia nas melodias e os primeiros acordes do que viria a ser chamado de speed metal (se quer saber um pouco mais sobre speed metal, vai ouvir Cacophony ou mesmo o Stratovarius).
Com essa formação o Helloween gravou um EP e o famoso "Walls of Jericho" em 1985.

Esse foi o primeiro album de fato da banda. Depois disso vieram os dois lendários álbuns da banda: "Keeper of the seven keys part I" e "Keeper of the seve keys part II". Ambos contando agora com Michael Kiske no vocal.

Bom, aí começa a "lenda da abóbora". Por falar nisso, se você ainda não sabe o motivo do título deste Blog, ou porque você não me conhece direito, ou porque não acompanha heavy metal, ou os dois juntos ou porque é burro mesmo.


Voltando a vaca fria. Michael Kiske, um piá de apenas 17 anos assume o vocal da banda com uma voz inegualável. Claro, todos eram uns piás, mas o frango na história era ele. Voz extremamente afinada, influenciou muitos outros vocalistas na posteridade. Alíás, os albuns "Keepers" influenciaram praticamente todas as bandas européias do chamado "heavy metal melódico" ou simplesmente "Power Metal" originadas nos anos 90 (Stratovarius, Angra, Rhapsody, Blind Guardian, Sonata Arctica, Edguy, Hammerfall, Dragonforce, Dragonland, Dragonminhavara, Dragon...etc).
O Helloween se caracterizava, além de seu som melódico bem trabalhado e veloz, pela sua irreverência e bom humor nas letras e apresentações. A prova maior disso são as artes de seus álbuns com as tradicionais abóboras do halloween. Aliás, Helloween com "e" é um trocadilho com a palavra "hellow" (explicação dada). Os caras eram, e ainda são, umas figuraças, os clips da antiga eram muito legais e divertidos.
Ainda com Kiske de front man da banda lançam o maravilhoso "Live in U.K." em 1989. É o melhor (eu disse o melhor) disco ao vivo de heavy metal que eu já escutei. Muito bem tocado e bem gravado. Apenas 7 músicas no álbum, mas uma maravilha.
Não vou ficar postando imagens dos álbuns porque não tenho tanto saco assim.
Bem. Eu penso que esse foi o auge da banda em sua clássica formação. Meu Deus, como eu gostaria que essa formação existisse até hoje. Dá uma sacada na formação clássica:

Kiske, Markus, Weikath, Ingo e Kay
Após esses discos, Kay Hansen sai da banda. Era o fundador do Helloween. Alguns dizem que ele saiu por causa das intermináveis turnês e outros pelas divergências musicas que começaram a surgir. O fato é que trabalhar com o Mr. Weikath não é nada fácil segundo algumas bocas.
Hansen sai da banda e funda o Gamma Ray, uma bela banda de puro Power Metal. Hoje, Hansen é considerado o pai do gênero, nascido no âmago do Helloween. Em 2008 tive a oportunidade de assistir as duas bandas juntas em Porto Alegre. Eu chorei, confesso. Fiquei triste porque estava sozinho sem nenhum amigo para curtir junto, mas foi uma noite muito especial pois desde os 16 anos escutava aqueles caras e com 31 anos tive a oportunidade de estar ali e assisti-los ao vivo!
Ok! Com a saída de Hansen entra Roland Grapow. Guitarrista virtuoso, impõe mais técnica nos arranjos e solos. Amigo pessoal do Malmsteen (pasme, o babaca tem um amigo!) Roland entra na banda numa fase fodida: Weikath se apossando da banda, Kiske se metendo em ceitas religiosas e Ingo com esquizofrenia diagnosticada além de piradão por causa da cocaine. Nessa fase, gravam dois álbuns: "Pink bubbles go ape", distoando dos trabalhos anteriores, perdendo peso e velocidade, mas sem perder a melodiga; e "Chameleon", totalmente pop e descaracterizado do estilo Helloween. Nesse momento, em 1993 a banda quase implode. Ingo pirado cada vez mais e sequelado pela cocaína se joga nos trilhos do metro em Hamburgo e morre (obvio ne...) e Kiske sai fora da banda.
Começa então uma renovação com novos membros. Entra Andi Deris (ex- Pink Cream 69) e Uli Kusch (ex-Gamma Ray). A banda se reinventa. Sinceramente não consigo ver muitas similaridades entre o som do Helloween da era Andi Deris com a de Michael Kiske. É claro que traços característicos permanecem graças a Weikath. Mas Andi tem um vocal bem mais hard e menos melódico do que Kiske. Aliás, Andi é bastante inferior vocalmente falando, que Kiske. Não que Andi seja um vocalista ruim, mas simplesmente lhe falta voz, o que sobrava em Kiske. Andi tem uma formação hard rock com uma influencia nítida do Coverdale, Gillan e Plant e por isso totalmente diferente de Michael Kiske. Os clássicos tiveram que ser reinventados, como "Dr. Stein" e "Future World" para a voz de Andi. "I want out", minha música favorita e maior sucesso da banda simplemente se descaracteriza quando cantada por Andi. Por isso quase nem faz parte do setlist da banda. Mas justiça seja feita, Andi é um bom vocal. "A tale thats wasn't right" é cantada com maestria por ele e as composições novas são muito bem cantadas (também, foram feitas pra ele...). Uli Kusch não só da mais gás na batera como também impõe uma pegada bem mais pesada que Ingo. Com essa formação, o Helloween grava 5 álbuns de estúdio: "Master of the rings", The time of the oath", Better than raw", "Metal jukebox" (só de covers) e "The dark ride", sem falar na pá de singles que surgem por aí e "High Live" (ao vivo).
Markus, Uli, Weikath, Andi e Roland
Eu gostei muito desta formação. Devo dizer que é uma banda totalmente diferente da formação antiga e funciona como uma "outra banda" para os ouvidos. É bem mais técnica, graças e Grapow e a Kusch. É, enfim, a formação que consolidou a banda. Muita coisa boa saiu dessa formação: "Sole Survivor", "Steel tormentor", "Hey Lord", "I can", "Forever and one" e... "Power"!
Porém, alguma coisa tinha que dar errado. Ao gravarem "The Dark Ride" o pau começou a comer entre a banda. Oficialmente dito por motivos de "divergências musicais" Ulis Kusch e Roland Grapow caem fora da banda. Ninguém me tira da cabeça que o Roy Z tem culpa no cartório. Ele foi o produtor do "The Dark Ride" e impos um estilo de heavy metal sombrio (basta ver as porcarias que o Bruce Dickinson gravou depois que saiu do Iron, adivinha quem era o produtor?). Esse Roy Z sempre tentou "reinventar" o heavy metal e sempre fez merda. Bom, o fato é que a banda novamente ficou sem um guitarrista e sem um batera. Fato também que a banda se distanciou muito de suas origens (mais uma vez!) com esse ultimo álbum. E agora?
Para gravar o próximo álbum, "Rabbits don't come easy",entram em campo Stefan Schwarzmann (ex-Running Wild) na batera e Sasha Gerstner na guitarra (ex-Freedom Call). Stefan grava o disco e vaza. Alguns dizem que foi por problemas de saúde. Hoje está tocando na banda grega Firewind (aquela do Gus G). Entra no lugar dele Dani Löble (nunca tinha ouvido falar dele).
Bem, com a saída de Kusch a banda não perde tanto na batera, uma vez que o Dani é muito bom e segurou bem, mas na guitarra... Sasha não tem o mesmo virtuosismo que Grapow. Senti ali que a banda perdeu musicalmente com a saída de Grapow, não que Sasha fosse ruim, mas... os solos não são mais melodiosos como antes.
Com essa formação, a banda grava então mais três álbuns: "Keeper of the Seven Keys: the legacy", "Gambling with the devil" e "Unarmed", disco acústico comemorativo aos 25 anos da banda  só com as músicas clássicas - uma bela duma bosta.

Weikath, Andi, Sasha, Dani e Markus
Definitivamente a banda não é mais a mesma. Tenho saudade dos Keepers e do tempo em que Grapow estava na banda. Ainda esse ano vai sair "The seven sinners". Já escrevi sobre ele antes. Vamos ter que conferir.

Sobre o último do Stratovarius

Eu sei, eu sei...
o Album "Polaris" dos finlandeses Stratovarius foi lançado no primeiro semetre ainda do ano passado. Mas mesmo assim gostaria de deixar minhas impressões sobre este album, pois, além de ser uma das bandas que gosto muito, também é um marco na renovação musical dos caras, que quebraram o pau com Timo Tolkki, então dono da banda e ultimo remanescente as antigas formações.
O som do Stratovarius é um som virtuoso, calcado no estigma da linha heavy metal melódico (não power metal), com arranjos bem feitos e tal. Embora o cara fosse um chato de marca maior, Timo Tolkki era a alma musical da banda. 99% das composições eram dele. Seus arranjos e riffs eram legais mesmo. Com a saída dele a banda perdeu muito musicalmente, Matias Kupiainen, no novo guita, não tem a mesma expressão musical.

Confesso que dessa vez eu não comprei o CD, mas eu o baixei e até fui ao show dos caras em Porto Alegre. O som do album é muito bom, tem todos os elementos do Strato, mas como já disse o ponto fraco é a guita. Não que o cara não soubesse tocar, mas o Tolkki tinha mais feeling (falar de feeling de uma banda finlandesa, que vive quase sempre coberta de neve,...), em seus solos não mostrava todas as ferramentas de uma vez, não estava interessado em mostrar o quanto era bom, como alguns abobadas guitarristas. Tolkki nunca esquecia das músicas em si. O Matias é esforçado, mas longe da presença musical de Tolkki (digo musical, porque de palco o gordinho era zero). Em determinado momento do show em POA, Matias e o baixista, o Lari Porra (sem piadas por favor) fizeram uma "briguinha de solos". O Porra é porra do caralho, debulhou o cara.
Em síntese, eu daria nota 8 pro Polaris. Assim como outras bandas, não são todas as músicas que eu gosto da banda. Eles adoram tocar um speed metal que me cansa, por isso eu gosto mais de sons como "EagleHeart", "Hunting high e hand low", "Elements", "When the night meets the day", "Fantasy", "Kiss of the Judas", e por aí vai.
Quanto as faixas deste album , vou destacar "Higher we go", um heavy metal bem trabalhado e empolgante.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Operação Valquíria

Existem muitos assuntos os quais eu sou fascinado. Um deles em especial é a Segunda Guerra Mundial e, portanto, não poderia deixar de ler "Operação Valquíria" nem mesmo de assistir ao filme de mesmo título. "Operação Valquíria" é uma obra jornalistica romanceada baseada no plano para matar Hitler encabeçado pelo Coronel alemão Klaus Von Stauffenberg e que deu com os burros n'água. Eu já tinha assistido ao filme "Plano para matar Hitler" que narrava a mesma história, mas recentemente houve o lançamento do livro escrito por Tobias Kniebe cuja narrativa matou a pau.
Eis minha recomendação: assista primeiro ao filme estrelado pelo Tom "Cruzes" e depois leia o livro. Apesar de ser baseado na história real, o filme abrevia muito a história. Já o livro narra em detalhes impressionantes todos os passos o que deixa o cara sem fôlego. Somente depois de assistido o filme é que muitos dos personagens são remontados a memoria e você consegue compreender bem toda a trama (que de fato ocorreu).

Para aumentar mais minha satisfação, o canal da National Geographic (o NatGeo) apresentou uma série de documentários sobre os 70 anos do início da Segunda Grande Guerra. Então eu tinha o livro: lia algumas paginas e ia para a Web para saber mais dos personagens; e ainda parava para assistir ao documentário no NatGeo. Tudo se encaixando.

Para quem gosta do assunto da II Guerra, política internacional, conspirações e coisas do tipo, eu recomendo. É muito bom!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ultimo do Angra

Além do Iron, estava ancioso para conhecer também o novo album do Angra. Depois de 6 anos e muito quebra-pau com a Rock Brigade, saiu o "Aqua", um album conceitual que traz a temática da ultima obra de Shakespeare "A Tempestade".
Bom, não sou músico, por isso a dificuldade em falar alguma coisa do Angra. A banda toca muito mas é preciso tomar cuidado para que o trabalho da banda não vire "estudo musical" ou seja, música pra músico. Não é o caso ainda.
O álbum está nos moldes do "Temple of Shadows" mas com mais peso e cadência, graças ao alinhamento do Andreoli na baixaria e do Confessouri. Eu preferia o Aquiles na bateria do que o Confessouri mas o cara é muito bom. Pois bem. eu só escutei uma vez o álbum na íntegra, a faixa que até o momento me chamou mais a atenção é a "rage on the water" com um refrão um pouco mais pegajoso e fácil de cantar. O álbum é técnico, caracterísica do Angra, mas é gostoso de escutar, pois não agride os ouvidos. Em breve darei maiores detalhes.
De antemão o que se pode destacar é que felizmente o Angra voltou e em plena forma.

Apenas para constar...

...como este blog é novo eu me vejo na obrigação de comentar sobre o ultimo album do Helloween comemorativo aos 25 anos da banda: "Unarmed".
Tche, ta certo que clássicos em versão acústica são muitas vezes bem-vindos e ficam legais e tal, mas assassinar clássicos do heavy metal também não. "Unarmed" é uma bosta. Não entendo o que o Helloween e seus produtores pensaram ao cagar esse disco. Como é que os fãs acostumados com o peso do som deles vão encarar esse troço? Esse album me lembrou aquelas músicas do disco do Fofão de quando eu era criança. E ainda falam mal do "Chameleon". Para dizer que não estou mentindo, assistam isso:
http://www.youtube.com/watch?v=Dgczlx3Yjds&p=3D3348A082998CA0&playnext=1&index=1

Mas nem tudo está perdido. Vem aí o "Seven Sinners". Ouvi só uns trechos de algumas faixas mas o peso está lá.

Ultimo do Iron Maiden

Contrariando a praticamente todos os meus amigos eu ainda insisto em comprar CDs. Embora chamado de troxa pra fora, ainda gosto de saborear os encartezinhos e a arte final da ambalagens. Não poderia ser dessa vez que deixaria de comprar mais um CD, o último do Iron. Embora eu confesse que não seja o fã número 1 da banda, digo que é minha segunda banda favorita e por isso tenho alguns CDs deles sim, apesar de já ter ouvido a todos cuidadosamente. Também devo admitir que desde o "Brave New World" o Iron vem resbalando e fazendo trabalhos de péssima qualidade, como se os dois ultimos albuns tivessem sido lançados apenas para cumprir algum tipo de contrato, pois são uma verdadeira bosta.
Deixando a especulação de lado, de que este seria o 15º e ultimo album de estudio da banda, sai "The Final Frontier". Pois bem, eis minha opinião:
Está longe de ser um petardo como "The Number of the beast",  "Powerslave" ou "Piece of Mind", mas dá pra dizer que finalmente tivemos o Iron de volta. É claro que  um setlist somente com as músicas deste album não iriam segurar muita coisa. Aliás, um show do Iron não será um show do Iron sem as músicas clássicas (obs: acho que "Brave New World" e "Blood Brothers" já podem ser consideradas classicos).
Não dá pra negar que o Iron Maiden como banda não tem mais a pegada de 20 anos atrás e que sua música está muito mais progressiva, com arranjos bem cuidados e bem mais distante do som cru do NWOBHM (a lendária sigla).
Também devo admitir que não sou fã de todas as músicas dos albuns antigos do Maiden. Pra falar a verdade, de cada album eu selecionaria para o meu MP3 umas 3 ou 4 de cada (a excessão dos fraquíssimos Dance of Death e A Matter... que são umas porcarias em sua íntegra). Não poderia ser diferente em "the Final Frontier". Adorei a música título e aproveito para dizer que foi uma cagada colocar a porcaria da "Satellite 15" na mesma faixa da "The Final Frontier". Tenho sempre que ficar apertando no forward para passar aqueles 4:36 minutos chatos para escutar o que quero. Adorei "The Final Frontier", achei meia boca "El Dorado", o single do álbum que foi "tão aclamado" pela mídia. "Mother of Mercy" começa legal e tal, mas o tom alto do Dickinson mostra que ele não precisa tentar inventar novs forms de se cantar e isso fazcom que ele fique muito chato. Gostei muito de "Coming Home", embora meio progressiva, me lembrou muito os trabalhos do Dickinson solo e podemos chama-lá de balada, mas construída com peso e muita competencia. "The Alchemist" também é legal, mas não iria para o MP3. As demais faixas são boas mas nada excepcional. Porém... "When the wild wind blows" é uma maravilha! Longe de ser um som extremamente pesado, é pesado, meio prog, mas é pura inspiração. Eu ainda vou ouvir a galera num show cantando com Bruce essa faixa. "The Final Frontier", "Coming Home" e esta ultima iriam para o meu MP3, de forma que eu dou nota 8 para o album e fico feliz, pois o Iron Maiden ainda é o Iron Maiden.