Quando vi o cartaz do filme no cinema com Robert Downey Jr. e Jude Law estampado e com o título "Sherlock Holmes" confesso que me empolguei, como fã incondicional dos romances policiais, em especial pelo eterno personagem criado por Sir. Arthur Conan Doyle. Também sempre gostei dos filmes do Downey, especialmente o "Air America: loucos pelo perigo" que ele atuou com Mel Gibson e recentemente "O Homem de Ferro". Nesse filme, em especial, o cara se supera e adiciona seu talento caracterizado pela comicidade tenaz na interpretação do mais famoso detetive da literatura universal (o personagem de Conan Doyle deixou de ser propriedade inglesa a muito tempo).
A sinopse do filme conforme o site http://www.adorocinema.com/ : "Final do século XIX. Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.) é um detetive conhecido por usar a lógica dedutiva e o método científico para decifrar os casos nos quais trabalha. O dr. John Watson (Jude Law) é seu fiel parceiro, que sempre o acompanhou em suas aventuras. Porém esta situação está prestes a mudar, já que Watson pretende se casar com Mary Morstan (Kelly Reilly). Isto não agrada Holmes, que não deseja o afastamento do colega. O último caso da dupla envolve Lorde Blackwood (Mark Strong), por eles preso ao realizar um ritual macabro que previa o assassinato de uma jovem. Blackwood já havia matado quatro mulheres e tem fama junto a população de ser um poderoso feiticeiro. Ele é preso e depois condenado à forca, mas misteriosamente é visto deixando o túmulo onde seu caixão foi deixado. Holmes e Watson são chamados para solucionar o caso e logo ele se torna um grande desafio para o detetive, que não acredita em qualquer tipo de magia. Em meio às investigações há o retorno de Irene Adler (Rachel McAdams), uma ladra experiente por quem Holmes tem uma queda."
Devo dizer que eu adorei o filme, embora também é necessário reconhecer que o diretor Guy Ritchie reinventou o detetive. E com maestria. Digo isso porque os principais elementos do personagem de foram mantidos, como a frieza em situações de risco e a dedução lógica aguçada. Contudo, várias críticas surgiram quando foram identificados novos elementos, definidos por alguns como "americanização" do personagem.
Ou seja, na "versão 2009", Sherlock Holmes não é tão recatado como nas descrições que Watson faz nos textos originais de Conan Doyle. É um homem despojado, durão e que adora expor suas habilidades físicas além das mentais, totalmente diferente do Sherlock original, cuja descrição e comportamento de "gentleman" o caracterizava. Entendemos a "americanização" do detetive no momento em que o diretor resolve transformar um personagem frio e muitas vezes sem graça (se não fosse pelas suas incríveis conclusões científicas sobre os casos) em um herói de ação (como todos sabem, americano não consegue fazer um filme sem dar porrada em alguém). O ambiente bem-humorado e ao mesmo tempo sombrio baseado na Londres vitoriana do seculo XIX também são novidades nas narrativas do detetive.
No filme, seu fiel companheiro, Dr. Watson, está simplesmente divino na interpretação de Jude Law. Aliás, Jude Law (que conquistou meu apreço no filme "Circulo de Fogo") também reinventa o personagem tornando-o mais interessante.
Esse é um aspecto interessante no filme. Os personagens tornam-se jovens e virís, deixando de lado o estereotipo de homens de idade com retidão extrema. Para muitos fãs conservadores de Sherlock Holmes, o filme pode parecer um afronto.
Para mim, no entanto, um filme inteligente, divertido e de bom gosto. O final dele deixa no ar o início de uma franquia. Tomara!
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