terça-feira, 28 de março de 2017

Narloch e seu Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Recentemente concluí a leitura de mais um livro: trata-se do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, escrito pelo jornalista Fernando Narloch.
O livro, como muitos já devem saber, é bastante polêmico, pois traz uma proposta revisionista da história do Brasil e da forma como essa mesma história é contada.
Entretanto, a fórmula como a qual esta obra foi concebida foi comercialmente um sucesso. Tanto, que Narloch se animou a escrever mais dois livros nos mesmos moldes, e não menos polêmicos: "O guia politicamente incorreto da história do mundo" e "O guia politicamente incorreto da América Latina".
Antes de entrarmos discussão a dentro (e se tem muito o que dizer sobre esse livro), convém descrever um pouco sobre o mesmo.

PS: só pra lembrar: não dou muita bola com os erros de ortografia, embora tente evita-los ao máximo. Sou blogueiro por esporte, não um jornalista profissional. Se não gostou, sorry...


O livro de 350 páginas é escrito de forma despojada, com uma linguagem nada rebuscada senão até mesmo apelando para o coloquialismo, sendo esse o motivo de ser um livro leve, fácil e pouco enfadonho de ser lido. Porém, embora venha a ser um texto leve, é irreverentemente inquietante e petulante para com os maiores conceitos que aprendemos nos bancos escolares sobre a história do Brasil.

"Zumbi tinha escravos"
"Santos Dumont não inventou o avião"
"João Goulart favorecia empreiteiras"
"A origem da feijoada é européia"
"Aleijadinho é um personagem literário"
"Antes de entrar em guerra, o Paraguai era um país rural e burocrático"
"Quem mais matou os índios foram os índios"

Estas são algumas das afirmações inquietantes que o livro trás, contrariando o que a academia brasileira tradicional prega sobre a história brasileira, especialmente a partir do período pós-ditadura militar, quando os esquerdas tomaram de assalto os diretórios acadêmicos dos cursos de ciências humanas nas universidades. É desde então que vemos a opinião pública malhar a campanha brasileira da Guerra do Paraguai tratando o Brasil como um marionete britânico, ou elevando as revoltas de Canudos e a figura de Zumbi dos Palmares como os maiores exemplos nacionais sobre a luta de classes, e por aí vai.
Até aqui não escrevi nada que em 5 minutos não se encontre no Google sobre o livro. A partir daqui vou passar a escrever o que realmente vi. Mas pra isso, devo falar um pouco do autor: Leandro Narloch. E como introdução... Wiki!



Leandro Narloch (Curitiba, 1978) é um jornalista e escritor brasileiro. Foi repórter da revista Veja e editor das revistas Aventuras na História e Superinteressante, do Grupo Abril. É mestre em filosofia pela Universidade de Londres.
Durante dois anos (de Dezembro de 2014 a Novembro de 2016), Narloch manteve a coluna O Caçador de Mitos no site da revista Veja. Desde Dezembro de 2016, mantém uma coluna no jornal Folha de S.Paulo.
Ganhou notoriedade em 2009, ao publicar o livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, abordando imagens criadas em torno de personalidades e eventos marcantes da História do Brasil. O livro foi um sucesso de vendas.

Pois bem, além da Wikipedia, também saí campeando sobre o tal Narloch pela web onde encontrei manifestações de amor e ódio para com o moço.  É inegável, em primeiro lugar, a enorme carga ideológica nas suas três obras (mas, "quem não...?"), a ponto de eu mesmo reconhecer que ele pegou pesado em algumas coisas e forçou em outras, mesmo que tenha adorado a forma como ele esculhambou com os esquerdinhas que pintavam  a história ao seu bel prazer e como bem queriam que todos a conhecessem.
Narloch é polêmico. Mesmo tendo uma nítida opinião de direita, ainda não é consenso por aqueles hoje conhecidos como membros da "nova direita" (mesmo que ele também possa ser considerado um dos membros). Olavo de Carvalho, por exemplo, detona ele, conforme o video abaixo:


Mesmo assim, as opiniões de Narloch são contundentes e inquietantes. Sua forma despojada de escrever eleva o raciocínio ao sarcasmo, algo bastante característico nas redações da Super Interessante e da Veja que simplesmente irrita aqueles que estão sendo desafiados e leva os simpatizantes (como quem vos escreve) aos risos.
Esse é o Narloch.
No entanto, um detalhe quanto ao Narloch escritor. Ele se meteu no terreno espinhento por demais que é a história brasileira. Assim como Eduardo Bueno, Narloch está sendo mal aceito como escritor de livros de história por não ser historiador e sim jornalista. Essa é uma treta velha cujo argumento foi usado também para desfazer as obras de Eduardo Bueno, outro jornalista reconhecido por uma postura ideológica, não digo de direita, mas anti-petista.
De fato, trabalhar com história é complicado. Embora o jornalista também venha a consistir em intensa pesquisa, a formulação de textos e de teses históricas não poderá se restringir a leitura e compilação de registros históricos já existentes, mesmo que o processo de historização passe por isso também, mas sim na identificação de documentos, fragmentos, depoimentos, objetos e demais evidencias.
Mesmo assim, o livro (relembrando: estamos falando especificamente do "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil") também recebe boas considerações por historiadores e especialistas da área quando afirmam que a obra se trata de uma nova forma de se abordar a história brasileira  e da necessidade de se extirpar estigmas maliciosos oriundos de manifestações ideológicas exacerbadas. A todo instante, o autor sempre relembra que os fatos históricos até então apresentados nos bancos escolares são produtos de interpretações ideológicas de intelectuais brasileiros de esquerda que gostariam de contar a história da forma como eles queriam e como queriam que nós a entendêssemos.

A história é contada pelos vitoriosos. 

E desde 1984 os vitoriosos, ano a ano, foram os intelectuais da esquerda: desde a tucanada (sim, eles são esquerda) até a petezada.
Mas,...
O livro é interessante. E faço questão de comentar algumas passagens que marquei.
Vambora.

 Narloch cita o historiador José Murillo de Carvalho logo no início do livro:

"A geração anterior foi muito marcada pela luta ideológica,exacerbada durante os governos militares, Divergências eram logo transpostas para o campo político-ideológico, com prejuízo para o diálogo e a qualidade dos trabalhos. A nova geração formou-se em ambiente menos tenso e polarizado, com maior liberdade de debate e um ambiente intelectual mais produtivo".

Essa foi a melhor definição, ao meu ver, de como a história do Brasil foi tratada por toda minha formação no ensino médio. Não é a toa que a minha geração formou professores de esquerda em sua maioria, o que já não ocorre tanto hoje, mesmo que os diretórios acadêmicos ainda estejam infestados pelos malas do PCdoB e do PSTU.
Ainda no inicio do livro se escreve sobre essa nova geração que não aceita mais a simplórias conclusões históricas após a redemocratização:

"...as interpretações que tiram do armário são mais complexas e, numa boa parte das vezes, saborosamente desagradáveis para os que adotam o papel de vítimas ou bons mocinhos...".

Divino!

O trecho agora trata do mito sobre o genocídio histórico indígena. Todos nós aprendemos sob a forma de um verdadeiro mantra que os índios foram massacrados no Brasil, especialmente pela dizimação e escravização sistemática dos povos indígenas pelos bandeirantes. Narloch escreve o seguinte:


"Muitos historiadores  mostram números  desoladores sobre o genocídio que os índios  sofreram depois da conquista portuguesa. Dize que a população nativa diminuiu dez, quinze, vinte vezes. As tribos passaram mesmo por um esvaziamento, mas não só por causa de doenças e ataques. costuma-se deixar de fora da conta o índio colonial, aquele que largou a tribo, adotou um nome português e foi compor a conhecida miscigenação brasileira ao lado de brancos, negros e mestiços - e cujos filhos, pouco tempo depois, já não se identificavam como índios".

Embora eu já tinha lido em algum lugar a respeito dessa "teoria", Narloch não trata essa questão como uma teoria, mas uma forte afirmação. Mesmo mostrando a referencias bibliográficas que utilizou para suas afirmações, me incomoda a veemência como se não deixasse espaço para qualquer outra ideia  a respeito respirar. Todavia, são conclusões que possuem sua lógica e evidencias claras na nossa sociedade de hoje. Um ótimo exemplo é a extraordinária história de respeitadíssimo e ilustre personagem da história contemporânea do Brasil: Cândido Rondon.


Ainda sobre os índios, Narloch detona a ideia de que o choque cultural entre índios e brancos acelerou a dizimação dos povos indígenas no Brasil. Cita, para tanto, o historiador americano Warren Dean:

"É difícil imaginar o quanto deve ter sido gratificante seu súbito ingresso na Idade do Ferro [...]". 

E complementa:

"No começo, os portugueses tentaram esconder dos índios a técnica de produzir metais, proibindo os ferreiros de ter índios como ajudantes. Mas a metalurgia escapou do controle e se espalhou pela floresta. A técnica foi transmitida entre os índios a ponto de os europeus, quando entravam em contato com um tribo isolada, já encontrarem flechas com pontas metálicas."

Sobre outro mito: o convívio harmonioso entre índios e o meio ambiente. Essa trecho é fantástico:

"...Em janeiro de 2009, um texto informativo da exposição Oreretama, do Museu Histórico Nacional, do Rio de Janeiro, dizia que a sociedade indígena 'era um tipo de organização que tendia a manter  o equilíbrio entre as comunidades humanas e o meio ambiente'. Não é bem assim. Antes de os portugueses chegarem, os índios já haviam extinguido muitas espécies e feito um belo estrago nas florestas brasileiras. Se não acabaram com elas completamente, é porque eram poucos par uma floresta tão grande.
As tribos que habitavam a região da Mata Atlântica botavam o mato abaixo com facilidade, usando uma ferramenta muito eficaz: o fogo."

Já passou pela sua cabeça esse tipo de coisa?

O único "senão" de Narloch sobre suas afirmações está justamente nas suas fontes. Na questão dos índios, por exemplo, o autor toma uma fonte (no caso o autor já citado Warren Dean) citando-a várias vezes e considerando-a como verdade absoluta, sem espaço para sua contestação.
Por conta disso, alguns o detonam, como o Prof. de História da América Leandro Karnal, no vídeo abaixo:



Isso pode significar várias coisas que vão desde a já mencionada forçação de barra ideológica que Narloch quis impingir em detrimento a tudo aquilo que ele condenou com relação à história contada pelos intelectuais de esquerda, passando por talvez o simples fato de que a natureza de sua obra ser justamente isso: perturbadora, instigadora, reacionária.
Talvez Narloch não queira ser conhecido como um renomado historiador, mas sim por ser autor de um livro divertido de se ler  recheados com fatos descritos que dão a contrapartida ao que hoje é oficialmente aceito. Talvez ele queira que pensemos e reflitamos a fim de entender como a história é contada.
Não acredito que seus livros, e em especial este que estamos abordando, venha a ser adotado como um livro didático nas salas de aula. Mas tenho certeza de uma coisa: aquele professor de história responsável irá apresentar e levar esse livro para a sala de aula para discussão. Um bom trabalho de sala de aula seria feito, assim como boas risadas. Enfim, uma maneira divertida de conhecer nosso país e sua riquíssima história.
Em breve outros posts a respeito de passagens sobre esse livro.
Porque ele é muito bom!
E recomendo...
Humilde opinião de quem vos escreve.


sábado, 4 de março de 2017

A Lista

Nos recônditos de Washington existe uma lista curta e ultrassecreta na qual constam nomes de pessoas que representam grandes riscos aos Estados Unidos. Sua mais recente adição é o Pregador, um terrorista que realiza sermões on-line incentivando jovens muçulmanos a assassinar figuras políticas e depois se suicidar por Alá. Não se conhece o nome, o rosto ou a localização do Pregador. Assim, o caso é passado para o Rastreador, um experiente oficial da Tosa - a Atividade de Apoio a Operações Técnicas -, com a missão de identificar, localizar e eliminar essa ameaça.

Mais um livro na estante dos "lidos".
Dessa vez novamente saboreando uma obra do mestre Forsyth: "A Lista". Lançado em 30 de abril de 2014. Aqui no Brasil, pela Editora Record.


Antes, porém, de se iniciar uma dissertação a respeito da obra, julgo mais do que conveniente apresentar seu autor, mestre dos romances de espionagens, o britânico Frederick Forsyth. Mas para isso, vamos atalhar caminho e pedir ajuda ao Wikipedia mais uma vez:


Começou a servir a RAF (Royal Air Force) como um dos mais jovens pilotos, tendo servido até 1958. Depois começou a trabalhar no Eastern Daily Press como repórter. Em 1961, se tornou correspondente da Reuters em Paris. Trabalhou também na Alemanha Oriental e na Tchecoslováquia, países onde obteve muitas informações que seriam, posteriormente, publicadas em seus livros. Retornando a Londres em 1965, trabalhou como repórter de rádio e televisão na BBC, o que lhe proporcionou a oportunidade de conhecer a fundo os grandes dramas da política internacional. Essa experiência no jornalismo o ensinou a ser minucioso e preocupado com as verdades históricas. Como correspondente diplomático assistente, cobriu o lado biafrense da guerra entre a Nigéria e Biafra de julho a setembro de 1967, e isto forneceu a ele conhecimento de política internacional, especialmente sobre o mundo dos soldados mercenários. Foi este trabalho e a pesquisa relacionada que interessaram a ele como verdade histórica. Em 1968, deixou a BBC para retornar para Biafra e cobriu a guerra, primeiro como freelance e depois para o Daily Express e para a revista Time.
Em 1970, após nove anos de intensa carreira jornalística, Forsyth teve a idéia de escrever um livro onde poria à prova os métodos de investigação de sua atividade como repórter. Escolheu um tema romanesco e de certo modo misterioso: as tentativas da extrema direita francesa de assassinar o General Charles De Gaulle, presenciadas por Forsyth em 1962 em Paris. Nasceria assim o primeiro de sua longa lista de sucessos: O Dia do Chacal.
A lista de thrillers que escreveu após o grande sucesso deste livro o tornou um best-seller internacionalmente reconhecido. Especializou-se em romances envolvendo espionagem e política internacional. Com O Fantasma de Manhattan, flertou com romances de suspense, mas o resultado foi decepcionante para seus antigos leitores. Estão entre seus grandes livros os romances A Alternativa do Diabo, Dossiê Odessa e O Quarto Protocolo,
Frederick Forsyth fala francês, alemão e espanhol fluentes, e tem viajado por toda a Europa, Oriente Médio e África, e estas experiências podem ser vistas na autenticidade dos seus livros.

Pronto. Thanks Wikipedia!

Dos livros escritos pelo cara, já devorei: Cães de Guerra, O Dia do Chacal, O Dossiê Odessa e agora A Lista. Destes, O Dia do Chacal ainda é o mais legal além de ser o mais antológico devido a sua versão cinematográfica e a lembrança do mais famoso terrorista do mundo, Carlos o Chacal. 





Mas isso é papo pra outro post. Vamos ao livro.

Como não poderia deixar de ser, o livro é mais uma aula de história e geopolítica contemporânea descrevendo e citando fatos e personagens da atualidade. O que chama a atenção de imediato, assim como nas demais obras e em suas respectivas épocas em que a narrativa ocorre, é a sintonia fina para com a realidade do momento, descrevendo os novos desafios das potencias globais a elas impostas por seus novos inimigos após a Guerra Fria e o 11 de setembro. Estamos falando do terrorismo islâmico salafista.

PS: Salafismo (do árabe سلفي, salafī, "predecessores" ou "primeiras gerações") ou movimento salafista é um movimento ortodoxo ultraconservador dentro do islamismo sunita. A doutrina pode ser resumida por ter "uma abordagem fundamentalista do Islã, emulando o profeta Maomé e seus primeiros seguidores".
Obrigado novamente Wiki...

Novos inimigos, sem uma pátria definida e espalhados pelo mundo, usando e abusando das novas tecnologias de informação e comunicação disseminadas pelo globo e alcançando a todos, cujo controle é praticamente impossível.

Tudo isso é, portanto, pano de fundo para a trama da obra A Lista. Creio eu que, por detalhe, Forsyth não tenha citado o ISIS (o tal Estado Islâmico) no contexto da obra. Talvez porque seu lançamento tenha sido em 2014  (considerem ainda alguns anos antes para a concepção da obra) e naquele ano esses caras não estariam tanto em evidência assim. Mas já vemos a citação da morte de Osama Bin Laden. Para deixar o lance mais tenso, Forsyth ainda aborda no contexto da obra a pratica da pirataria na costa da Somália e suas características.


Drones, hackers, telefones via satélite, redes sociais, criptografia,... uma parafernália tecnológica é empregada na descrição da narrativa com detalhes excelentes mas com linguagem não menos acessível. Mas sabe como é: quem conhece um pouco mais vai curtir mais e entender melhor o que ele queria descrever.

Além disso, CIA, FBI, Seals, SAS, Mariners, Delta Boys, Pathfinders MI-6,... um punhado de organismos e unidades de combate e defesa dos EUA e Grã-Bretanha são citados e descritos durante a narrativa, bem como os laços de comunicação e cooperação entre si, ao mesmo tempo em que o autor deixa claro todas as dificuldades que estas tem em combater inimigos silenciosos que agem nas sombras, como os terroristas da atualidade.

Toda essa caracterização me levou a imaginar como deve ter sido o processo de concepção desta obra. Fico imaginando o quanto Forsyth leu, pesquisou, consultou, investigou, entrevistou... Sem falar na porrada de contatos que ele deve ter feito para poder compilar tanta informação num único romance e de forma tão concisa quanto este. Trabalhar com um cara desses poderia ser o céu ou o inferno, dependendo do ponto de vista. Céu por tudo o que se poderia aprender com o cara. E inferno o quanto lixo o cara poderia se sentir próximo de alguém com tamanha capacidade intelectual.

A velocidade da narrativa é padrão Forsyth: rápida e de tirar o fôlego. Em determinados momentos o livro se torna enfadonho (qualquer livro tem essas partes) onde a gente cansa. Mas do meio para o final a coisa deslancha e prende de vez a nossa atenção quando não vemos a hora de ver como será o desfecho de tudo.

O único ponto fraco (se é que posso dizer que existe), é o final da narrativa que se resume numa cena de ação. Assim como nos demais livros de Forsyth, a cena final é descrita com riquíssimos detalhes, mas é curta e com um desfecho muito sóbrio, chegando a decepcionar o leitor um pouco.

Outra coisa que me chamou a atenção foi o título: "A Lista". Não me pareceu ser um titulo muito apropriado tendo em vista que "a lista" resumiu-se a apenas um único inimigo. Não entendi o porquê da escolha desse titulo, mas...

Vale a pena?

Ah, vale!

Especialmente para aficionados em história como eu.

Melhor seria se rolasse uma versão cinematográfica.

Humilde opinião de quem vos escreve.